quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A Mulher do Viajante no Tempo (Resenha)


O Amor Depois do Amor

A Mulher no Viajante no Tempo da autora estreante Audrey Niffenegger conta a fábula de Henry De Tamble um bibliotecário e viajante no tempo nas horas vagas e Claire Abshire, uma estudante de arte, que se conhecem em várias linhas do tempo diferentes (aliás, um ponto interessante é que o livro é narrado do ponto de vista dos dois). Claire conheceu Henry quando tinha seis anos o conheceu nu em pêlo no jardim de sua casa, após chegar lá involuntariamente em uma de suas viagens no tempo. Henry havia largado  suas roupas e pertences em algum espaço temporal. Aos poucos, ele vai voltando em idades e décadas diferentes, fascinando sua amiga cada vez mais que o ajuda lhe emprestando roupas para vestir, lhe alimentando e conhecendo mais sobre aquele estranho visitante.



Henry tem uma doença genética que faz com que ele viaje no tempo involuntariamente. Ele não consegue controlar para onde vai e quando vai o que gera algumas situações embaraçosas, como ele aparecer pelado em lugares inconvenientes resultando em brigas, prisões etc. Ele inclusive ensina alguns truques para o seu eu do passado aprender que seria útil no futuro.

A história de amor entre os protagonistas vai ficando cada vez mais intensa a medida que Claire vai crescendo e amadurecendo, notando que o que sente por Henry ser real e que ela está mesmo apaixonada por ele o que acaba resultando no casamento dos dois. Mesmo com as idas e vindas dele no tempo, ela não consegue deixar de se sentir solitária com a ausência do mesmo. E o nascimento da filha de ambos chamada Alba que possui a mesma condição do pai, traz preocupação para Henry se a filha terá o mesmo destino dele.

A estória que se passa nos dias de hoje, começando em 1991, mas com menções a outras épocas como 1976, 1986 e até o ano 2000, e é uma fábula romântica de ficção científica. Sim porque a história de amor entre Henry e Claire parece um conto de fadas moderno. Em um certo ponto da história, amigos do casal comparam a condição estranha deles a Superman e Lois Lane, com a diferença de que Claire sabia a respeito da condição de Henry.

O humor existente tanto no diálogo dos protagonistas, como na estória em si é outro ponto alto do livro, afinal de contas, um pouco de humor é importante nesse tipo de história para poder dar leveza a história e não deixá-la tão melodramática já que no final as coisas começam a complicar um pouco para o casal devido a doença genética de Henry.

Alba, filha do casal que possui a mesma doença do pai é outro fator importante e interessante do livro. Esperta e curiosa, e com o senso de humor da mãe mas com a vivacidade do pai, ela não deixa de tirar proveito da situação devido ao seu poder extraordinário.

Embora algumas vezes as viagens no tempo fiquem um pouco confusas para o leitor, não deixam de ser divertidas especialmente quando Henry tenta ajudar a si mesmo em algum ponto do tempo e espaço. Apesar do final ser triste, ainda assim vale a pena ler esse livro.

O livro foi recentemente adptado para o cinema estrelado por Rachel McAdams e Eric Bana nos papéis de Claire e Henry. O filme veio com a tradução de Te Amarei para Sempre no Brasil. Assista ao trailer do filme abaixo.


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