quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vampiras Paulistanas em Solo Carioca (Entrevista)

                       

        VAMPIRAS PAULISTANAS EM SOLO CARIOCA


Martha Argel e Giulia Moon, Duas autoras paulistanas de literatura fantástica, especialmente literatura sobre vampiros, estiveram em uma mesa redonda promovida pela livraria Saraiva Mega Store do Rio Sul, no último dia 16 de Outubro mediada pelo também autor Luis Eduardo Matta.

Simpáticas como sempre, ambas foram promover o lançamento de seus novos livros: Kaori – Perfume de Vampira de Giulia Moon e O Vampiro da Mata Atlântica de Martha Argel além do livro de contos Amor Vampiro que ambas assinam contos vampirescos com outros escritores.

Com um público fiel de quase quarenta pessoas, elas ficaram durante uma hora e meia de bate papo sobre como começaram suas carreiras de escritoras, o porquê do fascínio pelo personagem vampiro, a volta da febre de vampiros por conta da série de livros Crepúsculo além das dificuldades de se publicar literatura fantástica no Brasil; as duas esbanjaram simpatia e conhecimento sobre o assunto. Martha Argel ainda prometeu que a continuação de Relações de Sangue, Amores Perigosos deve sair no ano que vem.

No final do evento, elas ainda cederam alguns minutos de seu tempo para dar uma entrevista exclusiva à rádio Digital Rio. Confiram:

Digital Rio: De Onde surgiu a paixão pelo personagem vampiro?

Giulia Moon – Eu sempre tive uma atração irresistível por vilões. Desde pequena eu sempre gostei muito de séries de fantasia, então eu comecei a desenhar mangás em vez de escrever. Eu gostava muito de histórias de terror porque os vilões eram maravilhosos. Entre todas as criaturas, o vampiro tinha um charme irresistível. Ele tem uma aparência muito próxima das pessoas, muito do ser humano. A atração por esse personagem é uma coisa até natural especialmente para quem escreve ficção. Você pode fazer histórias de todos os tipos, pode explorar o personagem tanto é, que os nossos livros exploram o personagem vampiro de formas diferentes. Acho que o vampiro é uma criatura mais evoluída em termos de vilões.

Martha Argel – Eu sempre gostei de literatura fantástica, mas até um tempo atrás eu nunca tinha prestado atenção no vampiro. 10 anos atrás eu vi “Entrevista com Vampiro” em uma livraria, depois acabei lendo “O vampiro Lestat”; ambos da Anne Rice. Li o livro e achei interessante e não li mais nada sobre vampiros. Comecei a ler livros de vampiros como análise do personagem vampiro o que me fez ficar completamente fascinada não do personagem como vilão mas do potencial como metáfora. A gente pode usar o vampiro para falar de qualquer coisa: morte, vida, amor, violência, política. Achei interessante que em um personagem só tivesse tantas facetas diferentes e comecei a escrever algumas coisas. No começo muito calcada em Anne Rice que era a ficção que eu conhecia, e com o tempo fui vendo as várias facetas do vampiro.

Digital Rio: Há Quanto Tempo vocês escrevem Literatura Fantástica?

Martha – Eu escrevo literatura fantástica desde que era criança. Naquela época eu achava que eram redações, mas histórias assim com componentes de ficção científica, ou de fantasia, magia... É um tipo de coisa que eu não me consigo ver escrevendo um texto de ficção sem fantasia. Eu já tentei e não consegui.

Giulia – Eu escrevo há dez anos. Eu comecei a escrever em 2000 e era mais para mim. Eram algumas histórias alguns mangás que eu desenhava, mas eu comecei a escrever regularmente no ano 2000 quando eu entrei no grupo “Tinta Rubra” de vampiros. Eu achei um site na Internet chamado “Anne Rice BR” e como eu gostava muito das histórias da Anne Rice eu procurei um site e vi que lá tinham autores brasileiros de vampiros e aí eu mandei um conto meu que era a aventura da vampira Maya que é uma das minhas personagens. O dono do site que era o “Deus Noite”, ele me escreveu dizendo que eu escrevia bem e que estava formando um grupo de pessoas que gostavam de histórias de vampiro chamado “Tinta Rubra”, e me convidou para entrar no grupo que na época, tinha três pessoas.

Digital Rio: Na sua opinião, qual o motivo da febre de vampiros ter voltado com a série de livros Crepúsculo além de séries como True Blood e Vampire Diaries?

Giulia – Porque o vampiro é muito legal. O vampiro como personagem é ótimo. Eu acho que todo mundo gosta um pouco de vampiro. Acho que cada vez que você vem com uma proposta diferente para histórias de vampiros, a tendência é fazer sucesso mesmo. A série Crepúsculo, por exemplo, pegou naquela veia adolescente que gosta de uma história de amor mesmo que seja uma história de amor com um imortal, um príncipe encantado vampiro. Então acho que foi uma proposta diferente que caiu no gosto do público. Assim como todos esses seriados que estão aparecendo agora que começam a explorar outras facetas do vampiro. E acho que estão trazendo uma paixão que já existia lá dentro de todo mundo.

Martha – Eu não sei se pode falar em um retorno do vampiro porque desde que o vampiro apareceu na literatura no começo do século 19, ele praticamente nunca mais saiu de moda. Ele vai mudando, a forma como o vampiro interage com a humanidade, ela vai mudando. De uma forma ou de outra, o vampiro sempre esteve na moda. O que é interessante é que o vampiro vai acompanhando as evoluções tecnológicas, então o vampiro era conhecido no século 19, fazia sucesso, mas no século 21 a forma como ele faz sucesso é como todos os fenômenos de massa. Ela é muito mais intensa, muito mais vigorosa. Então esse aumento na popularidade do vampiro, na verdade está muito mais em função de um aumento da comunicação de massa já que vivemos na era da comunicação do que propriamente do vampiro em si. Ele sempre teve o seu quinhão de fama. Mas agora realmente ele é um superstar. Foi isso que aconteceu.

Giulia – O vampiro também se adapta a qualquer forma. Você vê o vampiro no RPG é um sucesso. Você vê animes de vampiro, quadrinhos, Então eu acho que é um personagem que tem seu charme qualquer que seja o veículo.

Digital Rio: Contem um pouco sobre os novos livros de vocês: Kaori – Perfume de Vampira e O Vampiro da Mata Atlântica. Qual foi a inspiração de vocês para escrevê-los?

Martha – O Vampiro na Mata Atlântica é o terceiro romance que eu escrevo ,segundo que sai publicado já que tem um inédito, e ele é insólito na minha carreira, no meu histórico de escrita porque ele junta muito bem o meu fascínio pela ficção com a minha formação biológica. Uma coisa que para mim foi muito diferente escrever esse livro foi conseguir transmitir uma linguagem mais acessível para pessoas que não tem uma formação biológica, todo o fascínio, toda a prática de campo, que os biólogos têm em campo. Então, eu consegui transmitir coisas da minha profissão, coisas que fazem com que o biólogo se apaixone por sua profissão, seu trabalho científico, de uma forma que em geral os biólogos não conseguem traduzir. Eu fico feliz de divulgar a existência desses profissionais que estão fazendo de tudo pela preservação do Meio Ambiente no país.

Giulia – Kaori é o meu primeiro romance. Até agora só tive livros de contos, e explorei várias facetas do vampiro e a Kaori já tinha aparecido em alguns contos passados. E é uma vampira japonesa, os vampiros japoneses são um pouco diferentes porque o temperamento do japonês é bem diferente do temperamento do ocidental. E eu tendo na minha descendência, eu sou nissei, então eu convivo com esses dois lados dentro de mim de certa forma. Kaori foi um resgate do meu lado oriental. Então metade do livro, foi como se fosse o meu lado oriental, que se passa com samurais, cortesãs e todo aquele cerimonial japonês, aparecem criaturas mitológicas do universo japonês, são muito diferentes do folclore brasileiro ocidental. A outra metade se passa em São Paulo que é uma miscelânea de raças, de credos, de sons, de cores, e entre eles, São Paulo é muito oriental. Até na comida o paulista é muito oriental. A cultura japonesa é muito bem aceita em São Paulo. Essa miscelânea de juntar opostos, na mesma história que me levou a escrever meu lado paulista de Kaori. Que a Kaori vem dessa época feudal japonês até os dias de hoje, viver uma aventura em São Paulo no ritmo frenético da cidade. Kaori é um marco na minha vida além de eu voltar para olhar esse meu lado oriental, também é o meu primeiro romance.




Digital Rio: Quais são os seus autores, filmes, e livros favoritos (relacionados a vampiros ou não)?

Martha – Eu sou uma pessoa ligada muito com literatura então eu não sou muito cinéfila. De livros tem as damas como H que são as minhas autoras favoritas Lorel K Hamilton, Kim Harrinson, Charlene Harris e Tania Huff. Elas escrevem uma literatura feminina que o pessoal de São Paulo tá chamando de “Sangue com Açúcar”. É uma linha Agatha Christie, que mistura mistério com assassinato, mas também tem muita sedução com uma visão muito feminina. Eu me inspirei nelas para escrever “Relações de Sangue”.

Giulia – Dois filmes de vampiros que eu gosto muito são Drácula do Bram Stoker e Entrevista com Vampiro, têm algumas cenas da Rainha dos Condenados, a música eu também gosto. Adoro animes de vampiros. Tem uns antigos chamados Vampire Hunter D que é muito legal, o Helsin que é muito bacana. Na literatura eu gosto da Anne Rice com toda certeza. Foi ela que me inspirou a escrever meu primeiro conto de vampiros. Toda a obra do Neil Gaiman, os quadrinhos, os livros que eu adoro. Eu adoro os contos e livros do Stephen King. Eu comecei a escrever terror por causa do Edgard Allan Poe que é incomparável.

Martha – De filme, o meu favorito é Garotos Perdidos. Também gosto muito de um filme chamado Inocente Mordida, acho um filme maravilhoso e tem A Hora do Espanto 1 com o Chris Sarandon.

Digital Rio: Vocês sofreram preconceitos por editoras ou pela própria classe literária por escrever literatura fantástica?

Martha – Eu comecei a publicar livro antes da Giulia e tinham editoras que não aceitavam publicar livro se tivesse sangue na capa. Distribuidoras que não distribuíam certos tipos de livro porque eram “do mal”. Ainda existe um certo preconceito sim. Há vários preconceitos entre as editoras (livro grosso não vende, não publica ficção...). Esse tipo de literatura está se impondo mais pelo público. Quando começou a febre de Harry Potter, uma editora me pediu para escrever um livro sobre magia, quando eu lancei os “Contos Enfeitiçados”, nunca uma editora ia pedir antes um livro sobre bruxas.

Giulia – Quando eu comecei não havia um preconceito, mas um desconhecimento. Não havia conhecimento das editoras em publicar livros de fantasia. Não acho um preconceito, mas sim uma ignorância das editoras.

Digital Rio: Como Surgiu a idéia de Produzir o Ficzine?

Martha – Foi em um evento que surgiu a idéia de fazer o fanzine. Essa coisa do fanzine é muito legal porque qualquer um faz, qualquer um dita as regras. Você faz e distribui para a sua turma, não existe nenhum tipo de censura, não existe nenhum tipo de restrição, simplesmente você vai lá e faz. Com o material que você tem, com os recursos que você tem, então o fanzine é uma coisa muito espontânea, muito democrática. E a gente pensou em fazer uma publicação que a gente pudesse distribuir de graça para as pessoas. Elas não vão precisar comprar a nossa obra, para saber como a gente escreve. Então é uma forma de dar um gostinho do que a gente escreve. Sempre convidamos alguém que achamos legal para formar um trio comigo e a Giulia e cada um escreve um conto. Em geral, pessoas que já tem um fã clube. Na época que começamos tinha muitos poucos leitores então era uma forma de aumentar o círculo de leitores, os leitores dela iam lendo meus contos e da terceira pessoa e assim aumentando o público leitor.

Digital Rio: Esses contos vão chegar a ser publicados?

Giulia – Pode ser que sim. A gente tem umas idéias a respeito.

                          
Digital Rio: Como o tema da palestra foi vampiro – De Vilão a Mocinho, para vocês o vampiro é vilão ou mocinho?

Giulia – Os dois ne?

Martha – Eu gosto de vampiro mocinho, mas quando é completamente bom não rola. Não dá para encarar.

Giulia – Ninguém é completamente bom ou completamente mau.

Martha – Quem é muito bonzinho não tem graça nenhuma, essa que é a verdade.

Digital Rio: Vocês preferem o vampiro bom ou mau?

Giulia – Mau. Sedutor

Martha – O mal tem que ser sedutor. Tem que ter pegada.

Digital Rio: O vampiro é o único ser sobrenatural que vocês escrevem ou vocês também escrevem sobre outros seres como lobisomem, fantasma, bruxa etc?

Giulia – Nos meus contos principalmente eu já explorei vários personagens, da mitologia brasileira inclusive. Acho que o que eu gosto mesmo são de criaturas fantásticas. Com certeza o vampiro é um dos meus prediletos tanto que a maior parte da minha produção fala de vampiros.

Martha – Da mesma forma, os vampiros conseguiram dar uma mordida em um pedacinho do meu coração, então sempre tem prioridade, mas eu tenho um livro que é o “Livro dos Contos Enfeitiçados” que é sobre magia. E eu tenho pensado em escrever um livro sobre lobisomens, contos de ficção científica, também tem extraterrestres. Tem contos com seres malévolos, a gente acaba explorando várias vertentes da onde a imaginação humana pode levar a gente. Mas os vampiros têm um lugar especial no meu coração humano.

Digital Rio: Que dicas vocês dão para jovens escritores que estão começando agora?

Martha – Uma coisa que a gente sempre diz é, tanto a Giulia quanto eu, para as pessoas que estão começando a escrever é: Primeiro, por que você está escrevendo. Por que você escreve? É porque te dá prazer? É porque você quer publicar? É porque você quer fazer sucesso? É porque você quer ganhar dinheiro? Cada nível de expectativa, ele traz dentro de si um potencial de frustração. É o que a gente sempre diz: escreva porque você gosta. Primeiro motivo para você escrever é porque aquilo te dá prazer porque você se sente bem escrevendo, porque é uma forma de você se expressar. Se você puser outros objetivos você corre o risco de ficar frustrado e não se satisfazer mais. Eu escrevo porque quero fazer sucesso, e se você não fizer sucesso? Todo tempo que você gastou escrevendo vai ser tempo gasto. Por você não ter alcançado seu objetivo, mas isso é como tudo que a gente faz na vida. O objetivo principal porque você faz uma coisa é porque aquilo te dá prazer. Porque você gosta de fazer aquilo, aquilo te preenche, te completa de alguma forma.

Giulia – Se você vai escrever seja o melhor leitor de você mesmo. O bom leitor não é aquele que acha bom tudo que o autor escreve. O bom leitor é aquele que sabe analisar, que sabe criticar, que tem um distanciamento no que está lendo, que consegue analisar e principalmente se divertir. Saiba ler seus próprios livros com o mesmo espírito que você lê os livros que você compra por aí. Seja o seu melhor critico.

Martha – Outra coisa que é importante, escrever na verdade é reescrever. Então tem um chavão já batido que diz que escrever é 10% inspiração e 90% transpiração. Não tenha a ilusão de que o que você escreveu de um jato saiu perfeito. O que a gente escreve deve ser reescrito. Relido N vezes. Reescrito. Você tem que burilar o seu texto. Escolher as palavras vê se aquilo soa bem, vê se é aquilo mesmo que você tá querendo dizer. Se não tem uma maneira melhor de dizer, porque isso que vai trazer a qualidade do seu texto. E um texto bem trabalhado, um texto pensado, não é um texto feito de qualquer forma, aleatório da primeira forma que aparece. Você tem que trabalhar o texto, ler muito, ter cultura, tem que saber sobre o que você está escrevendo, você tem que dominar o assunto. É uma série de cuidados que a gente tem que ter uma série de requisitos que senão você não vai conseguir uma coisa melhor do que todo mundo pode fazer. E para você se satisfazer, você tem que se superar. Você tem que fazer uma coisa que realmente seja diferente


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Encontro dos Twiteiros Culturais: Encontro com mais de 140 Caracteres (Coluna)


Encontro dos Twiteiros Culturais: Encontro com mais de 140 Caracteres


O Twitter apesar de ter sido criado em Março de 2006, só virou febre mundial mesmo de um ano para cá. A ferramenta sensação do momento na internet, que permite ao usuário postar o que está fazendo (mas não só isso é claro, pode postar uma notícia, um link, um recado) com 140 caracteres virou sensação principalmente entre os adolescentes que se acostumaram com mensagens rápidas por meio de mensagens de texto via torpedos ou mesmo “messengers” como o MSN.

Além disso várias celebridades de diversos segmentos diferentes que vão desde a política, jornalismo e entretenimento se cadastraram no site. Por que saber os detalhes do último filme de Alyssa Milano, os planos de Barack Obama, Que gravata William Bonner irá usar no Jornal Nacional, os entrevistados de Ellen Degeneres ou o que elenco da série Glee anda fazendo por sites de fofoca se você pode ler os próprios autores postando em seus twitters. Como podemos ver, é um grande atrativo que a cada dia ganha mais e mais seguidores. Literalmente falando já que cada pessoa que passa a ler o seu twitter, vira automanticamente um seguidor seu.

Foi por conta de todas essas vantagens que a Livraria Travessa reuniu no último Sábado dia 19 de Outubro no Shopping Leblon os twiteiros: Daniel Tambarotti (@multishow), Leonardo Rodrigues (@conspiracao), Juliana Cirne (@intrinseca), Léo Feijó (@grupomatriz) e Gabriela Giosa (@livtravessa) em uma mesa redonda mediado pela talentosa Cora Ronai (@cronai) onde contaram das experiências de cada um pessoal e profissional sobre essa ferramenta cada dia mais útil.


O evento foi transmitido ao vivo pelos twitters através de duas contas especialmente criada para reunir os twiteiros culturais o ETC (Encontro Twiteiros Culturais) transmitidos simultaneamente entre o Rio e São Paulo nos twitters: @ETC_Rio e @ETC_Sampa.

Para o Multishow, uma das maiores vantagens do twitter é o potencial e a facilidade para uma cobertura jornalística com o máximo da comunicação e um mínimo de recurso onde tudo que você precisa é ter um celular que acesse a internet para poder estar antenado com as últimas novidades do microblog.

Já a Cora Ronai do jornal O Globo acha que o twitter fez sucesso por conta da facilidade de se postar em 140 caracteres, pois as pessoas costumam ser sucintas.

Para a Livraria Travessa é interessante a busca por livros por adolescentes que gostavam da série Crépusculo o que deu a oportunidade da livraria de divulgar outros tipos de livro para público jovem que cada dia mais está aderindo ao twitter.

O twitter é o termômetro da notícia. Se um determinado assunto for parar no trending topic (lista dos tópicos mais populares do dia) é porque o tema está em alta na rede. Temas que vão desde o caso do “baloon boy”, seriados como Harper’s Island ou até mesmo os protestos políticos contra o Irã que, fizeram uma revolução no microblogger mostrando milhares de pessoas, incluindo celebridades usando avatares verdes.

Daniel Tambarotti do Multishow conta que mudou a grade de programação do canal a cabo, por conta de pedidos de seguidores que pediram a reprise de determinado programa, mas que não é sempre que eles irão atender aos pedidos do público. Já Léo Feijó da Casa da Matriz diz não ver televisão ou ler jornal, mas acompanha todas as notícias através do twitter ou redes sociais como facebook, Orkut etc.



Depois da mesa redonda, Cora Ronai bateu um papo rápido conosco respondendo a algumas perguntas sobre o twitter e o jornalismo. Confiram.

Digital Rio: Por que você acha que o Twitter virou uma febre mundial?

Porque é um conjunto de características interessantes. Tem velocidade, a possibilidade de se twitar de qualquer lugar, de um telefone, de um computador, de onde você estiver. O próprio tamanho pequeno das mensagens ajuda muito porque não tem que escrever nada muito grande, ninguém espera de você um tratado filosófico. Ao mesmo tempo que as pessoas tem um certo medo de escrever, elas não tem medo de se jogar no twitter.

Digital Rio: Voce acha que o twitter ajuda na profissão de jornalista?

Acho que ajuda sim. Todas as ferramentas da internet ajudam muito. Qualquer coisa que lhe permita estabelecer um diálogo com outras pessoas é sempre de uma grande ajuda.

Digital Rio: O que você acha da queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão?

Acho maravilhoso porque eu, por exemplo, não tenho diploma, mas não é por causa disso que acho maravilhoso. Eu sempre digo que o grande problema de um jornal é contratar gente. Eu editava o caderno de informática, o pessoal formado em ciência da computação nunca poderia ser contratado porque tinha a obrigatoriedade do diploma. Então, odeio que pode ser um empecilho horroroso. Acho que o diploma cria um tipo de colaborador muito pausterizado. Você vai sempre ver a pessoa com a mesma formação. Eu acho que a redação tem muito a ganhar se você tiver um médico, um economista, um cara formado em meio ambiente.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cidade dos Zumbis - Rabid (Resenha)


Cidade dos Zumbis


Smallville foi invadida por zumbis no episódio Rabid exibido na última sexta feira no canal americano CW. Bom, na verdade Metropolis. Quando um vírus é liberado na cidade fazendo com que seus residentes caiam no sono para depois virarem mortos-vivos, cabe a Clark salvar Lois e a cidade da ameaça das criaturas vindas de filmes de horror.

O episódio começa com Clark acordando em algum laboratório estranho, meio grogue notando uma seringa contendo gotas de Kryptonita na agulha. Ele ouve o barulho de seu celular tocando e nota uma mensagem enviada por Oliver “Eu a perdi”. Clark sai rapidamente do local, notando com as ruas de Metropolis estão desertas. Com a sua super-audição ele nota barulhos vindo da cidade, incluindo um rock pesado vindo do Planeta Diário que era onde Lois estava. Ele rapidamente corre para lá usando sua super-velocidade.

Chegando lá, ele nota o lugar de pernas para o ar, e todo escuro. Lois está perto da máquina de Xerox aparentemente tirando cópias de suas mãos. Ela está de costas e Clark não pode vê-la mas o público nota que seus cabelos estão molhados e que ela está estranhamente diferente. Quando ela se vira, que notamos que ela não é mais a Lois que conhecemos. Parece uma criatura saída de um filme de terror no estilo de Linda Blair em O Exorcista ou a Samara do O Chamado japonês. Assustadora é pouco para descrever a Lois nessa cena. Mas eu tenho que admitir que os maquiadores fizeram um trabalho ótimo na Erica. Ela ficou aterrorizante mesmo !

                  
Corta para os créditos, e depois deles o episódio volta 12 horas no tempo para explicar o que aconteceu. Clark está no Planeta Diário ouvindo ao rádio quando nota Lois chegando perto dele enquanto segurava seu celular. Ele rapidamente desliga o seu para ela não desconfiar que ele seja o herói por quem Lois está apaixonada. Clark nota uma mochila que Lois trouxe para passarem a noite no Planeta contendo comida, música e pantufas. Mas antes que eles comecem a conversar o computador do jornal avisa de um incêndio acontecendo perto de lá. Lois rapidamente se levanta para olhar os detalhes enquanto Clark lhe pergunta se ela quer café. Antes que ela possa terminar sua frase, Clark volta com um café quente e preto ao mesmo tempo que parou o incêndio em dois segundos. Lois fica surpresa ao notar que o Borrão parou o incêndio em três segundos, mas Clark quase se trai dizendo que foi em dois segundos. Clark nota alguém dirigindo em alta velocidade e esfria o café de Lois com seu super-sopro dando a deixa de Lois ir trocar o café enquanto Clark sai em velocidade máxima para saber o que acontece.

Clark encontra Oliver no meio das ruas de Metropolis, notando o quanto o amigo está mudado. Eles não haviam tido uma cena nessa temporada ainda. Clark usando seu uniforme de Vigilante, dá um sermão em Oliver e confessa que ele deveria ter escutado ele e não ter ouvido Davis, pois isso poderia ter salvado a vida de Jimmy. É bom saber que ainda no terceiro episódio, eles ainda lembram do Jimmy. Infelizmente, ainda lembram do Davis também. De qualquer jeito, Oliver começa a fazer piadas comparando Clark com Jesus Cristo, o que deixa Clark aborrecido. Oliver se cansa de discutir com o amigo e vai embora antes de um carro policial o seguir.

Na próxima cena, Na mansão Luthor Tess está chegando suas mensagens no twitter, quer dizer checando os símbolos Kryptonianos que foram espalhados pela Terra desde a chegada dos Kandorianos. O chefe da segurança da mansão avisa que ainda não os achou e Tess está preocupada que quanto mais demorar a encontra-los mais eles irão se misturar com os humanos e desaparecer. A conversa deles é interrompida por um ataque de Zumbis a mansão. Tess se defende deles com uma espada, no melhor estilo Buffy, a Caça Vampiros, ou deveria dizer, Tess a caça Zumbis? A cena foi bem semelhante mesmo, só faltou ver os zumbis explodindo em pó, mas claro que isso não ia acontecer porque são zumbis e não vampiros. De qualquer jeito, um dos zumbis morde Tess antes que ela pudesse acabar de duelar com eles.

Ela é levada para o único hospital da cidade aparentemente onde Lois e Clark já estão chegando para pegar informações. Lois acha que Tess está tendo um ataque nervoso já que ela mencionou zumbis. Clark acha que tem algo mais na história que os médicos ainda não revelaram. Eles ouvem a conversa de dois médicos falando do estado de Tess e dizendo que o vírus está induzindo também alucinações. Eles entram no quarto de Tess que parece estar dormindo de costas, Clark não quer pertubá-la, mas Lois quer saber a fundo o que está acontecendo. Lois tenta acordá-la e Tess se vira fazendo-os notar que ela já virou um zumbi. Seus olhos estão vermelhos, sua pele pálida, dentes negros e cheia de escoriações pelo rosto. Ela rosna para Lois antes de atira-la contra a parede enquanto solta um grito horrendo. Clark a segura e chama outro médico que vem sedá-la fazendo ela acalmar finalmente. Lois decide voltar para o Planeta para começar a escrever o artigo enquanto Clark vai até a Torre da Liga. Novamente, preciso dar parabéns a equipe de maquiagem do episódio. A Tess também ficou horrendamente assustadora. Medo. Eu tava com muito medo de assistir esse episódio só por conta das fotos divulgadas com a Tess e Lois como zumbis. E eu que já tive pesadelos só vendo O Exorcista.... Bom, mas no final nem tive pesadelos, mas sonhos. Mas isso eu conto lá no final.

Enquanto isso, Chloe está sozinha na Torre da Liga olhando seus monitores, monitorando o que cada membro da Liga anda fazendo. Doutor Hamilton chega e assusta ela que troca a imagem rapidamente. O cientista nota o que Chloe fez e a questiona. Clark chega interrompendo-os carregando consigo um tubo com o sangue de Tess. Chloe rapidamente coloca um vídeo das câmeras da mansão Luthor e nota os zumbis invadindo a mansão. Clark pergunta se o médico fica enjoado em viagens rápidas e quando ele diz que não, Clark o leva até o hospital já que levaria muito tempo até chegar lá.

Doutor Hamilton vai conversar com o médico responsável por Tess enquanto Clark ouve a conversa com a sua super-audição. É tão bom ver o Clark pró-ativo, fazendo as decisões sozinho sem ajuda de ninguém. Hamilton descobre que Tess veio do Planeta Diário já doente embora sabemos que ele está mentindo já que Tess foi mordida na mansão e não no Planeta Diário. Clark ouve isso e lembra que Lois ainda está no jornal.

No Planeta Diário, Lois finalmente chega ao local notando que desligaram as luzes assim que ela chegou. As luzes começam a piscar e ela nota o telefone mudo. Um de seus colegas de trabalho caiu no sono na mesa e Lois tenta acordá-lo. Tarde demais, ele já é um zumbi e agora quer o cérebro de Lois como refeição. Lois não fica para virar Mclanche feliz de zumbi e sai correndo, mas outros zumbis que antes eram seus colegas de trabalho saem perseguindo a repórter. Ela usa um pedaço de pau para se defender até Clark chegar e dizer que eles precisam sair de lá e Lois debate que ele não tem idéia com que está lidando. Eles lutam com mais zumbis até Lois ser mordida na perna por um deles. Clark os joga longe fazendo Lois olhar para ele surpresa. Ele nota o ferimento na perna dela e a coloca no colo, carregando pelo local em seguida. Clássica cena “Donzela em Perigo”. Embora a Lois não seja uma, sabemos que ela não consegue ficar longe de problemas por muito tempo, já que parece que ela sempre consegue atraí-los.

Na Luthorcorp, descobrimos que Oliver “pegou” a policial que o seguiu da última vez que o vimos. É, boa tática de se livrar de uma multa, Oliver mas eu ainda quero ver você se redimir por causa da Dinah. De qualquer jeito ela descobre uma câmera no cinto dele e vai embora achando que queria filmá-los sem saber que foi Chloe que colocou o dispositivo lá, mas achando que foi Tess ele vai atrás da ex-amante no Planeta Diário.

De volta a torre da Liga, Hamilton informa a Chloe que o vírus liberado em Metropolis induz o sono para depois a pessoa virar um zumbi. Eles podem criar um antídoto se descobrir um sangue que possa inverter o processo. Hamilton descobre que o único sangue que poderia salva-los seria o de Davis Bloom, o que significa que obviamente o sangue de Clark é que vai salvar Metropolis já que Davis Bloom está morto.

De volta ao Planeta, Clark está rasgando sua camisa para cobrir o ferimento de Lois. Eles trocam longos olhares e Lois propõe a eles de trocarem segredos, achando que eles não vão passar daquela noite. Ela confessa que não quer mais ficar sozinha e que quando ajudou o Borrão ano passado, ela também ajudou por si mesma. Clark dá um sorriso, sem conseguir esconder o quanto gostou da revelação de que Lois está apaixonada por ele. Lois confessa que nunca teve esse tipo de conexão com ninguém e que não quer que as coisas voltem ao que eram antes. Eles trocam outro olhar silencioso antes de ser quebrado pelo celular de Clark apitando com uma mensagem de Chloe pedindo para ele voltar a Torre da Liga. Um zumbi é atirado pela porta de vidro do escritório de Tess onde eles estavam revelando Oliver Queen no melhor estilo caçador de Zumbis saído diretamente do filme Resident Evil.

Lois, Clark e Oliver trocam informações notando que todos que viraram zumbis, dormiram antes do processo ser completado. Clark decide ir até a Torre da Liga e deixar Lois sozinha com Oliver enquanto isso. Oliver nota os olhares entre Lois e Clark e não consegue esconder um pouco de ciúme. Oliver, lembra da Dinah? A canarinho ta bem solitária lá na nave Stargate. Para de perseguir outras mulheres e vai atrás dela. De qualquer jeito, Clark o lembra que Lois está nas mãos dele agora e para não deixar que ela adormeça.

Clark volta até a Torre e Chloe e Dr Hamilton informam que tem Kryptonita líquida para poder perfurar o corpo de Clark e usar seu sangue como antídoto. Clark fica um pouco grogue e desmaia. Chloe e Hamilton o deixam sozinho para poder espalhar a vacina por Metropolis.

Momentos depois ainda no elevador, Oliver e Lois estão sozinhos e Lois olha para como Oliver está acabado e tão diferente do homem que ela conheceu. Oliver se olha no espelho por um momento notando que realmente havia mudado desde a morte do Jimmy. Quando ele se vira, Lois havia pego no sono. Ele tenta acordá-la mas é tarde demais. Quando ela acorda, ela começa a rosnar para ele e seus olhos já estão avermelhados. Ela o empurra contra a parede antes de dar um pulo para fora do elevador pelo teto.

Voltamos a cena inicial do teaser com Clark acordando no laboratório do Doutor Hamilton e recebendo a mensagem de Oliver de que perdeu Lois. Corta para Chloe e Hamilton no jato de Oliver, com o cientista avisando que vai jogar o antídoto na água e Chloe o lembra que é ótimo para quem vai tomar banho mas questiona o resto da população. Hamilton explica que eles irão criar uma chuva com o antídoto que vai ser suficiente para curar a cidade. Hamilton diz que sabia que Chloe estava vigiando a Liga e ela confessa que eles são invulneráveis sozinhos. Que os heróis também precisam de proteção.

Voltamos ao Planeta Diário onde Clark encontra Lois já em sua forma de Zumbi. Ela tenta atacá-lo mas Clark consegue desvencilhar. Podemos perceber o quanto Lois está sofrendo em alguns poucos segundos antes dela atacar ele com toda força, jogando contra a parede, fazendo-o atravessar o muro do Planeta. É, sabemos que a Lois está possuída quando ela consegue ficar mais forte que o Clark. Os dentes dela estão rangendo e ela tenta morder Clark que continua desvencilhando dela. Ele a abraça por trás, segurando com toda força para ela não atacá-lo mais dizendo que ela vai ficar bem. A carinha de preocupação do Clark é de dar dó. Ele realmente está preocupado com ela. . Ela se debate por um tempo até que nota a chuva caindo. Lois continua se debatendo nos braços dele que não a larga até o efeito passar, quando ela finalmente relaxa nos braços dele e Lois volta ao normal. Ela não lembra do que aconteceu e Clark avisa que eles conseguiram. Eles continuam abraçados enquanto a chuva cai, trocando olhares enquanto Clark acaricia o cabelo dela. Uma das cenas mais lindas já mostradas em Smallville. Até o cenário completou quando saiu um sol e podemos ver cidadãos da cidade andando tranquilamente por Metropolis enquanto Lois e Clark continuam abraçadinhos, em silêncio enquanto a chuva cai.



Clark encontra Oliver bebendo mais tarde e diz que Lois poderia ter morrido por causa dele e que ele não é mais o homem que ele conheceu. Depois que Clark vai embora, Oliver queima seu uniforme de Arqueiro Verde iniciando o começo do seu arco sombrio na temporada.

Na Fazenda Kent, Clark está olhando uma foto de Lana que estava em sua carteira. Ele tira a foto da ex-namorada colocando em um álbum e fechando, simbolismo para dizer que Lana já faz parte de seu passado e Lois é seu presente e futuro. Muito legal. Lois bate a porta da cozinha para agradecer por te-la salvado dizendo que agora o vê como um herói e o lembra que ele não lhe contou seu segredo, ela ameaça lhe dar um soco no braço como ela sempre fez mas Clark pega seu braço antes que Lois possa faze-lo. Lois sorri e diz para ele relaxar e continuar do jeito que é pois o deixa misterioso. Quando ela sai, ela tem outra avalanche de flashbacks do futuro que incluem ela dormindo com Clark, Oliver enterrando alguém, Chloe sendo morta, Tess se ajoelhando perante Zod, a capa com o símbolo do S em um pedaço de pau (como nos quadrinhos da morte do Superman) entre outras cenas assustadoras que incluem a imagem de Clark usando o símbolo de Zod.

Na última cena do episódio, descobrimos que o médico responsável por Tess é na verdade um dos comparsas de Zod e que foi ele que liberou o vírus na cidade, por isso ele mentiu a respeito de Tess ter pego o vírus no Planeta Diário. Ele informa Zod sobre o símbolo da casa de El estar pela cidade e Zod acha que Jor-el também está em Metropolis. Ele o mata em seguida a sangue frio.

Smallville nos proporcionou seguidamente três episódios maravilhosos até agora. E eles tiveram de tudo que todo fã do Superman almeja em uma versão em carne e osso de seu herói favorito: ação, romance entre Lois e Clark que finalmente viraram o casal principal da série, intriga, um vilão interessante e mistério em relação aos flashbacks de Lois. Espero que a temporada continue assim até o final e que os roteiristas finalmente tenham acertado a mão agora que se livraram dos criadores da série que deixavam Clark cada dia mais longe de se tornar o herói que todos conhecemos e amamos. Eu digo e repito, a melhor coisa que fizeram foi colocar Tom Welling como co-produtor executivo. Essa temporada está uma maravilha até agora. E espero que continue assim. Até um episódio que eu não estava dando muito por ele por conta do tema de zumbis, acabou sendo o meu episódio favorito até agora. Já vi quatro vezes e ainda pretendo ver mais vezes até Sexta Feira.

Tom Welling e Erica Durance deram um show a parte no episódio mostrando como eles estão apaixonados um pelo outro. Lois ainda quer negar o fato de que ama Clark mas não quer se magoar novamente como aconteceu ano passado enquanto que está admitindo estar se apaixonando pelo Borrão, enquanto Clark claramente não consegue mais esconder os olhares e sorrisos que Lois o faz ter quando está perto dele. O herói está cada dia mais apaixonado.

Bom, eu vou ficando por aqui, mas volto ainda essa semana para comentar sobre o episódio Echo que irá ao ar daqui há dois dias. Até lá.

Nas Ondas do Rádio (Coluna)

Nas Ondas do Rádio

É engraçado como as coisas acontecem. Quando eu era criança, uns 10 ou 12 anos eu brincava na varanda do meu apartamento que eu tinha um programa de rádio. Fazia um programa inteiro, tocava músicas, fazia sorteios e até atendia ouvintes, tudo baseado nas rádios que eu escutava na época.

Quase 20 anos depois, eu realmente tenho meu próprio programa de rádio. Idealizado, roteirizado e apresentado por mim na Rádio Comunitária Digital Rio (94,5 FM) de Jacarepaguá. Eu escolho as músicas, seleciono as notícias, faço roteiro e apresento o Fala Série. Meu programa sobre Seriados de TV que vai ao ar todos os Sábados e Domingos das 13 as 14 horas.

O mais engraçado é que a idéia do Fala Série, surgiu no começo desse ano quando eu tive que fazer um programa de rádio como trabalho de faculdade para a minha aula de radiojornalismo. Eu já havia começado a praticar meus dotes de locutora tanto na apresentação do Mix Estação todas as sextas feiras às 16 horas na Rádio Estação da Universidade Estácio de Sá, como nos Podcasts que eu comecei a gravar para treinar também a minha voz para o fórum Totally Clois (Fórum dedicados aos personagens Lois Lane, Clark Kent e Superman de Smallville e outras mídias)

Então que a oportunidade surgiu quando uma amiga, me contou dizendo que o pai que já era radialista estaria abrindo uma rádio comunitária em Jacarepaguá e precisava de colaboradores. A idéia era fazer uma programação cultural para todos os gostos e gêneros. E como eu já estava entusiasmada com os programas da Rádio Estação, eu topei na hora.


A única coisa chata por enquanto é que a rádio só pega em Jacarepaguá por ser comunitária, mas em breve deve ir para Internet também, então esperamos que o público vá crescendo até lá.

Aproveitando, nesse Sábado a Digital Rio estará na Saraiva Mega Store no Rio Sul cobrindo o bate papo entre as autoras Giulia Moon (Kaori – Perfume de Vampira) e Martha Argel (Um Vampiro na Mata Atlântica) onde acontecerá uma mesa redonda que tem como tema “O vampiro na Literatura: de vilão a mocinho”. Nessa sexta feira, 16 de Outubro as 19 horas. Com Giulia Moon e Martha Argel tendo mediação de Luis Eduardo Matta.

Endereço: Saraiva Mega Store do Rio Sul Shopping Center. Av. Lauro Muller, 116, 3º piso – Botafogo – Rio de Janeiro - RJ

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Triangulo Amoroso para Dois - Savior & Metallo (Resenha)



Triângulo Amoroso para Dois


Depois de quatro meses de espera depois uma season finale horrível que acabou com as esperanças de muito fãs ao despachar Lois para o futuro e matar Jimmy Olsen no seriado, eis que chega a nona temporada trazendo novidades no elenco e no formato da série.

A nona temporada começa com Savior, mostrando que Clark não é mais o mesmo. Agora ele passa seus dias, vigiando Metropolis e fazendo seus frequentes salvamentos como o Borrão. Não mais Azul e Vermelho, mas agora preto. Sim, ele usa um uniforme preto que mais lembra o uniforme usado por Batman ou pelo vampirão Angel da série de mesmo nome. Botas de couro pretas, calça jeans, blusa preta com o símbolo da casa de El estampado em azul, além de um sobretudo também preto. É, realmente o nosso herói mudou muito. Não só pelo fato de ter permitido a morte de Jimmy mas também por ter achado que perdeu Lois Lane que está desaparecida por três semanas.

Chloe Sullivan passou as últimas três semanas procurando a prima, Clark e a Liga da Justiça sem muito sucesso pois todos eles continuam desaparecidos. Sua única companhia é o Dr Emil Hamilton (Alexandro Juliani, tendo sua participação cada dia mais frequente na série) que apareceu anteriormente em episódios da oitava temporada e agora é o "Sabe Tudo" de plantão. Cientista renomado do Metropolis Hospital, ele volta a série como um personagem regular dando mais credibilidade aos casos ligados aos salvamentos do "Borrão".

Mas voltando a Lois e Clark. Lois aparece finalmente no meio de uma viagem de trem, vindo de algum ponto do futuro que até ela desconhece. Ela nota sua mão enfaixada e o anel da Legião dos Super Herois em seu dedo. Ela obviamente não lembra de nada. Para onde foi ou o que aconteceu. Ela traz consigo uma passageira surpresa, Alia que também veio do futuro e busca mata-la. Ou pelo menos é o que Lois acha. Mas vamos chegar lá. Durante a viagem, o trem sofre um acidente mas felizmente é salvo por Clark que nota Lois como uma das passageiras. Sua fisonomia muda totalmente de mal humorado para esperançoso. Ele nota a reporter de volta e não consegue evitar escapar um sorriso nos lábios, mesmo que de leve. Lois estava de volta. Para ficar.

Clark salva o trem e volta para a Fortaleza da Solidão onde tem feito seus treinamentos com Jor-el que vem lhe ensinando tudo sobre a tecnologia Kryptoniana mas nota que Clark está distraido. Ele não consegue tirar Lois da cabeça. Jor-el sugere que Clark deva cortar todos os laços com a humanidade para ser um herói melhor. Para ficar focado e sem distraçôes. Mas Lois Lane não é uma distração. Ela no futuro se torna sua parceira, companheira, amante, alma gêmea e sua casa como foi dito nos episódios "Odssey" e "Doomsday" através de simbolismos. Lois é a casa de Clark, sem ela ele fica perdido.

Chloe vai até o Metropolis hospital onde encontra sua prima de volta. Lois começa a tagarelar sem parar que ela marcou um encontro com o Borrão e que precisa falar com ele. Chloe tenta argumentar que precisa conversar com ela sobre um assunto mas Lois não quer prestar atenção (Provavelmente Chloe queria contar a Lois sobre a morte de Jimmy). Lois distrai a prima mais nova e foge do hospital para a cabine telefônica onde marcou o encontro com o herói três semanas atrás. Ela não sabe que passou tanto tempo ainda. O Borrão não aparece, para a tristeza dela que questiona onde ele poderia estar. Clark ainda está na fortaleza treinando com Jor-el. Jor-el monta uma simulação de Clark pulando da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e voando. Clark pergunta quando ele irá voar já que Kara tinha os mesmos poderes que ele e voava. Jor-el argumenta que ele irá voar quando estiver pronto e que está tudo na mente dele. Eles começam outra discussão sobre os humanos novamente e Clark se dá conta de que precisa se despedir de Lois.

Enquanto isso, Lois está investigando sobre o acidente de trem notando o simbolo do Borrão (o Simbolo do S do Superman) espalhado pela cidade. Ela nota um homem parado atrás dela, John Corbett(Brian Austeen Green) também investigando o caso que ela acha ser um policial. Eles conversam sobre o Borrão e Lois nota que ele tem uma certa hostilidade em relação ao herói misterioso dizendo que ultimamente ele tem deixado sua marca pela cidade. Não aparece mais em vermelho e azul mas somente o Borrão. Ele rouba um beijo da morena, antes de Lois dar um pontapé nele.

No meio disso tudo, Tess que após abrir a orbita Kryptoniana liberando os Kandorianos é feita prisioneira juntamente com Zod (Callum Blue) já que os kandorianos não gostaram nada ao notarem que não tem os poderes que o sol amarelo os daria. Tess está bastante machucada e aparece que andou apanhando bastante de Zod durante as últimas três semanas. Zod diz a sua clássica frase "Ajoelhe perante Zod" como nos filmes, mostrando que finalmente temos um vilão de peso na série, sem estar envolvido em nenhum triângulo amoroso desnecessário. Esperamos que ele não amoleça com o decorrer da temporada.

Oliver está em uma espécie de Clube da Luta onde além de ter desligado seu celular para o mundo e para os heróis da Liga (E Chloe), voltou a ter suas recaidas como playboy mimado. Lois acaba achando-o ao mesmo tempo que Alia, a assassina que veio com Lois do futuro a acha também. Mas ela não estava atrás de Lois e sim de Clark com que duela em seguida no celeiro da fazenda Kent. Ele descobre que a assassina usava o relógio que perteceu a Jonathan Kent que estava adiantado um ano. Alia diz a Clark que ela teria que mata-lo para impedir que ele destrua o mundo. Eles duelam e Clark acaba vencendo, matando-a instanteneamente. Clark depois se abre com Chloe sobre o ocorrido dizendo que tem um ano para descobrir como ele irá destruir o mundo. Chloe pede a Clark para trazer Jimmy de volta usando o anel da Legião que Lois esqueceu no hospital, mas Clark se recusa dizendo que não é Deus para brincar com o destino dos outros e que ele aprendeu da maneira mais difícil como é perigoso brincar com viagens do tempo já que ele perdeu o pai da mesma maneira.

Lois volta a trabalhar no Planeta Diário notando que seu companheiro de mesa agora é John Corbett, reporter do Planeta também que está ocupando a mesa de Clark que para todos os efeitos está visitando a família em Topeeka. Lois avisa para John não ficar confortável demais na mesa de Clark pois ele irá voltar. Depois que John sai, Clark como Borrão liga para Lois dizendo que ele deveria se despedir dela, e que não deveria mais falar com ela. Mas ele não consegue. Lois vai dormir na cena seguinte e tem um flashback com cenas passadas no futuro de um ano onde ela dorme com Clark, Tess se ajoelha perante Zod, Chloe é assassinada, Oliver enterra alguém.


Já em Metallo, Lois vai até a Fazenda Kent atrás de Clark para notar que ele continua ausente mas percebe que Shelby continua lá e que alguém vem alimentando o cachorro. Ela decide levar o cachorro para seu apartamento para forçar Clark a aparecer e dizer a ela que voltou.

Enquanto isso, John Corbett sofre um acidente terrível ao ser atropelado por um ônibus e quando acorda ele virou um cyborg humano com um coração de Kryptonita, que é o que o mantém vivo. Ele acaba indo parar no Hospital de Metropolis onde o Doutor Hamilton o recebe e nota como fora de controle ele está percebendo que não pode remover o coração de Kryptonita que é o que o mantém vivo. É meio irônico Brian Austeen Green estar fazendo o personagem Metallo já que anteriormente ele fez parte do elenco de "Terminator - The Sarah Connor Chronicles".

Quando o Doutor Hamilton mostra o chaveiro perdido do Planeta para Clark, ele imediatamente pede a ajuda de Lois como o Borrão que nem pensa duas vezes e começa a investigar que funcionário do Planeta pode ter perdido seu chaveiro. Ela acaba chegando inevitavelmente até John Corbett que percebe que Lois trabalhava com seu agora inimigo e a sequestra. Depois de fazer uma checagem com a ajuda dos computadores da Watch Tower (Torre da Liga), Chloe e Hamilton descobrem que Corbett estava no Afeganistão há algumas semanas antes de voltar e descobrir que a irmã dele foi assassinada no mesmo prédio que ele comprou recentemente. Ao chegar lá, Clark descobre que ele chegou a salvar um onibus contendo prisioneiros, um deles acabou fugindo e asssinado a irmã de Corbett. Ele nota a preocupação de Clark com Lois que está desacordada no chão depois de ser jogada contra a parede pelo vilão e ameaça mata-la para se vingar de Clark, mas Clark consegue neutraliza-lo depois de colocar um colete de aço no lugar onde ficava seu coração de Kryptonita, quando Metallo o remove sem querer, matando-o instantaneamente.

Chloe informa a Clark, que Tess so readmitiu Lois para saber o que ela sabe sobre o futuro já que colocou um equipamento de spyware em seu computador. Clark decide voltar como "Clark Kent" para trabalhar no Planeta já que percebe que Chloe está certa. Ele precisa de seu "disfarce" humano para poder ficar de olho em Lois e descobrir o que ela sabe sobre o futuro. Lois recebe Clark com um abraço e entusiasmada, conta a ele sobre as novidades do Borrão. Clark sorri e presta atenção a cada palavra que ela fala.

Essa temporada começou bem, com o pé direito. Focado totalmente na mitologia do homem de aço apesar de mostrar Clark ainda um pouco perdido quanto ao seu destino mas ao mesmo tempo querendo fazer diferença em seu planeta adotivo, espalhando o simbolo da Casa de El pela cidade. Ele começa a se dá conta que está se apaixonando por Lois mesmo que não queira admitir inicialmente mas como Chloe o relembra, foi só Lois aparecer de volta que ele se tornou previsível como sempre, conversando com ela e procurando pela reporter em cabines telefônicas.
E nessa temporada, finalmente teremos o triângulo amoroso para dois famoso dos quadrinhos: Clark/Lois/Superman que em Smallville por enquanto está como Clark/Lois/Borrão. Espero que até o final da série a DC Comics autorize chamarem ele de Superman. Esse é o triângulo clássico em que Lois está apaixonada pelo Superman/Borrão enquanto Clark está apaixonado por Lois sem que Lois saiba que ele é o Superman. Por isso tem esse nome. Lois está apaixonada por dois homens diferentes que na verdade são duas facetas diferentes do mesmo homem. E o mais legal da história é Clark sentindo cíumes dele mesmo. É um barato! Eu sempre me diverti com esse triângulo em outras versões e já estou me divertindo bastante nessa de Smallville também. Porque sinceramente, esse é o único triângulo que os fãs do Superman que assistem a série querem ver.

Mais colunas de Smallville nas próximas semanas. Coluna de Rabid sai ainda essa semana. Até lá.

Dia de Fã (Coluna)

(Na foto, Ana, Meg Cabot e Eu)

Dia de Fã


E eis que finalmente a foto tão aguardada com a Meg Cabot aparece, no site da Galera Record. Sim, essa é a mesma foto que eu fiquei 5 horas na fila da Bienal do Livro para poder conseguir tirar a tão sonhada foto com uma das minhas autoras favoritas. É emocionante poder conhecer um dos seus autores favoritos pela primeira vez, e essa foi a minha primeira vez.


Para quem acha que a Meg so escreve para adolescente, ledo engano. Ela é uma autora fantástica que consegue captar com perfeição a linguagem para cada público que escreve. Infantil, adolescente e Adulto. Eu já li boa parte dos livros da Meg que vão desde "O Diário da Princesa( série de 10 livros que a levou a fama)" até "Rainha da Fofoca", "Tamanho 42 Não é Gorda"(Que estou lendo no momento) além de "Avalon High", "Sorte ou Azar", "Garoto Americano" entre outros títulos, muitos deles ainda inéditos no Brasil.


Apesar dos pesares, das filas enormes e de todos os problemas que ocorreram na Bienal (antes, durante e depois do dia da Meg), eu digo que valeu a pena ficar naquela fila quilômetrica para conseguir os autógrafos da Meg. Além dela ser uma ótima escritora, ela também é um amor de pessoa e muito simpática arriscando até um "Obrigada" em português. Poucos autores estrangeiros teriam a simpatia dela depois de ficar 5 horas assinando autográfos e tirando fotos com fãs, mas Meg manteve a simpatia até o último livro assinado, o que so prova que ela é mesmo uma princesa.