sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vampira Nova no Pedaço (Entrevista)



Vampira Nova no Pedaço

                                    Por Louise Duarte

Viviane Machado Ferreira, Vivianne Fair ou simplesmente A Chefa, é uma autora brasileira da recente safra de novos autores de literatura fantástica.

Viviane além de escritora, é também  artista plástica, pois além de escrever suas histórias, ela ainda desenha tirinhas em quadrinhos dos seus personagens de Quem Precisa de Heróis? e A Caçadora, que serão lançados nas livrarias do Brasil em breve.

A escritora que está em processo de ter “Quem Precisa de Heróis” (anteriormente conhecido como “Cavaleiros do RPG”) lançado no Brasil contou para a Digital Rio FM um pouco sobre sua vida e carreira de escritora, que mesmo sem a ajuda de uma editor vem conseguido vender seus livros pela internet através do seu site Recanto da Chefa.

Ela lembra que começou a escrever quando começou a escrever aos 6 anos de idade, mas que profissionalmente começou a escrever histórias aos 17 anos.
 Quando perguntada sobre sua inspiração para criar seus personagens, ela lembra de que no caso de “Quem Precisa de Heróis”, as inspirações vieram das próprias rodas de amigos que jogavam RPG e criavam roteiros absurdos nos jogos. “Quanto ao Caçadora, eu lia muitas histórias de vampiros, muitas com clichês parecidos e pensei no quanto seria engraçado explorar esses clichês de modo cômico. Minha raiz é mesmo cômica, pois Quem Precisa de Heróis é brincadeira com clichês de heróis, enquanto A Caçadora é clichê de vampiros.”

Viviane ou a Chefa como é conhecida no mundo virtual por conta da sua página na Internet chamada “O Recanto da Chefa”, explica o porque dos seus personagens serem tão diferentes de outros do mesmo estilo. “Acredito que é porque eles fogem do estereótipo. No caso de Quem Precisa de Heróis, por exemplo, o bárbaro é um belo loiro de olhos azuis e traços delicados; os heróis são heróis por convenção, gostam de salvar o mundo e a todos, julgando seus próprios atos como certos e causando grandes questionamentos. No caso da Caçadora, o vampiro não banca o misterioso e brinca com os clichês de outros livros de vampiros. A mocinha não é adolescente, embora seja obrigada a passar por uma.”

A autora lembra que adora tudo que é livro especialmente Chick Lits e livros sobre histórias de Santo, além de suspense e ação. Já filmes, ela diz que não consegue escolher um filme específico, mas seus gêneros favoritos são os de comédia, fantasia, animação, suspense e ficção.

Embora já tenha tentado escrever outros gêneros, Vivi sempre acaba esrevendo o gênero Terror/Fantasia. Ela pretende escrever outros gêneros no futuro, mas sempre seguindo a linha cômica.

A autora lembra que começou a escrever para dar continuidade ao seu trabalho de conclusão de curso, pois não poderia finalizar sua história em quadrinhos. Dessa maneira, nasceu a ideia inicial de Quem Precisa de Heróis? Formada na área de desenho, Viviane também desenhou todas as capas de seus livros e teve a ideia de publicar as tirinhas de Cavaleiros do RPG assim como de A Caçadora brincando com as sagas A Mediadora, Percy Jackson e Os Olimpianos além da saga Crepúsculo. As tirinhas de A Caçadora fizeram tanto sucesso que agora Viviane até confecciona eles para venda em seu site em formato de chaveiros, marcadores de livros e adesivos.
                                                     
“Acredito que ele gosta de ser diferente.” Viviane afirma quando questionada o que seu vampiro Zack tem de diferente dos vampiros da nova safra. “Não gosta de ser vampiro e não procura disfarçar, sacaneia sempre a personagem principal e tira onda com os outros vampiros. Sem contar que ele mesmo lê Anne Rice e critica os livros e filmes que sua caçadora gosta de ler.”

Por que escrever livros sobre vampiros? A inspiração veio faz uns dois anos enquanto ainda escrevia Quem Precisa de Heróis, conta a escritora. “Quando vi que eles estavam em alta e seria divertido tentar algo diferente; mas sempre tem algo meio parecido entre uma história e outra e nunca um livro essencialmente cômico.”
                                                                

 O livro Quem Precisa de Herois ainda não tem previsão de sair em território nacional, mas pode ser adquirido através do site da autora.

Viviane descreve seu livro como uma versão cômica de histórias típicas de RPG onde envolvem donzelas, dragões, cavaleiros, reis, etc. E que o leitor não precisa jogar RPG para poder entender a história.  “A melhor maneira que uma amiga minha descreveu: "Conhece Shrek? Então. Só não tem ogro."  Em breve o livro será lançado nos Estados Unidos.

Já o livro Caçadora – O Sorriso do Vampiro vai ser lançado pela Editora 21 em breve, mas ainda sem data de lançamento. Enquanto o livro não sai, ele também pode ser adquirido pelo site da autora.
 Ela comenta como é difícil lançar livros no Brasil por conta da concorrência com os livros estrangeiros, e com isso as editoras não gostam de arriscar com livros brasileiros de autores desconhecidos. “O que posso dizer é: não desista fácil se esse é realmente seu sonho. Estude, leia bastante (muito necessário), aceite as críticas (se forem construtivas, obviamente), veja filmes, leia seu livro várias vezes, passe a pessoas que seriam francas com você e tenha paciência. Na maioria das vezes, a resposta pode vir anos depois.”

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Uma Otimista Incurável (Coluna)


Uma Otimista Incurável

Como tem tempo que eu não escrevo uma coluna para esse blog, achei que já estava mais do que na hora.

E o assunto dessa coluna é nenhum outro que gosto pessoal. O que faz de uma coisa boa ou ruim. Um produto da Indústria Cultural é bom mesmo como as propagandas  dizem ou só é vendido como tal por conta da publicidade.? Eu tinha um professor de Multimídia Jornalistica que dizia: “Não existe gosto ruim. Existe identificação.” E eu concordo com ele.

Nessa era da internet, da informação rápida,  onde é tao fácil se esconder por trás de uma tela de computador, afirmando que tem o direito de se expressar. Obvio que todos temos. Até ai tudo bem. Mas e quando isso vira uma ofensa para outras pessoas? Aí eu já nao acho tão legal assim.

Nas palavras de Lauren Graham, a eterna Lorelai Gilmore do seriado Gilmore Girls, que hoje está na série Parenthood, Crazy internet People. Ou seja, Pessoas Loucas da Internet. Eu participo de vários fandons e tenho vários amigos neles, com gostos diferentes para música, cinema e TV. Mas vejo o mesmo comportamento entre eles. Ridicularizando ou mesmo debochando de pessoas que gostam de determinado tipo de programa. música, cinema etc. 

E não, esse texto nao é direcionado a ninguém especificamente. É só como eu me sinto. Como eu sempre me senti. Sempre achei essas brigas no fandom de Smallville por exemplo,extremas demais. Precisa tanto? Precisa de ofensas as atrizes para ver quem é o melhor casal?

Talvez mesmo nesse mundo louco, insano, ácido, violento, eu ainda seja otimista. Eu ainda veja o lado bom das coisas como aquela personagem do livro Pollyana. Essa é uma caracteristica minha e nao acho que vá mudar agora.

Hoje porém, eu vejo as coisas diferentes do que via antes, de uma maneira mais critica, mais objetiva, mas ainda mantenho esse otimismo incurável mesmo cercada de tanto pessimismo por todo canto, as vezes até por conta dos meus amigos e familiares.

Na verdade, eu continuo nao vendo nada demais em ser otimista. Qual o problema disso? As pessoas estão tão acostumadas com a violência e não vem nada de bom no mundo? Bom, eu não. Continuo, gostando de coisas belas, alegres e que me façam feliz. Nao vou assistir a determinado programa ou filme porque está na moda. Eu assisto porque me interessou ou porque me dá uma sensação de bem estar. Se um programa começa a me incomodar, e eu nao tenho mais nenhum vinculo afetivo com ele, eu paro de assistir. Simples assim.

E as midias sociais é outro ponto que quero discutir nessa coluna. Midias como Twitter, Facebook, Orkut são ótimas para socializar pessoas e fazer amigos, mas em contrapartida são ótimas também para gerarem mais confusão nesse aspecto. Já vi barracos nesses lugares também, porque as pessoas simplesmente perderam a noção de algo chamado respeito pelo outro. Se eu não gosto do que voce gosta, tudo bem. Mas precisa ofender na frente da pessoa? Precisa brigar? O problema é que muitas dessas pessoas sao egocêntricas demais e querem sempre estar certas e não querendo dar o braço a torcer não enxergam o quanto estão sendo retrógradas.

Acho que todos tem o direito de se expressar sem serem grosseiros, sem com isso desrespeitar a opinião alheia. Acho que pessoas com gostos completamente diferentes, mesmo com algumas similaridades podem conviver harmoniosamente sem que seu convivio vire um campo de batalha.

Então fica a minha dica. Respeite o outro se você quer ser respeitado também. Assim todos podemos conviver em paz, mesmo com gostos diferenciados.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

De Volta Para o Futuro III (Resenha)



Cowboys do Tempo

Por Louise Duarte

“O seu futuro ainda não foi escrito. O de ninguém foi. Seu futuro é o que você fizer dele. Então façam um bom futuro.”

E o começo da última aventura de nossos heróis do tempo se inicia onde a segunda parte terminou. Com o Marty de 1985 avisando a Doc de 1955 que havia voltado do futuro, fazendo o amigo cientista desmaiar instantaneamente.

No filme anterior, Marty com a ajuda de Doc havia conseguido recuperar o almanaque de esportes e consertar seu futuro, mas graças a um erro nos circuitos do tempo do DeLorean, Doc é acertado por um raio e enviado para 1885.

Marty mostra a carta que o Doc de 1885 escreveu para ele,  para a versão de 1955 onde o cientista do futuro que agora está no passado (isso é confuso mesmo!) o instrui a pegar o DeLorean que está escondido em uma mina relatando que os circuitos de voo não funcionam mais porque foram danificados quando Doc chegou em 1885. A dupla descobre que Doc é assassinado uma semana depois que enviou a carta para o jovem amigo.

Eles vão até a biblioteca da cidade e descobrem em arquivos de jornais, que Bufford Tannen (Thomas F. Wilson), tataravô de Biff, matou Doc no passado por causa de 80 doláres. Eles acham uma foto de Doc no meio dos documentos, quando Marty decide voltar ao passado para resgatar o amigo e impedir que ele seja assassinado.

Chegando no Velho Oeste, Marty é perseguido por índios, a cavalaria e um urso. O tanque do DeLorean é acertado por uma flecha e ele bate com a cabeça em uma cerca, sendo resgatado por Seamus e Maggie Mcfly (Michael J Fox e Lea Thompson) antepassados da família McFly. Marty se apresenta a eles como Clint Eastwood. Fato curioso para os sotaques irlandeses de Michael J Fox e Lea Thompson, que estão bem convicentes já que Michael é canadense e Lea americana.

Marty é quase enforcado por Bufford e sua gangue quando é apresentada uma outra versão da perseguição de skate, só que dessa vez com Marty correndo a pé e Bufford e cia perseguindo-o a cavalo. Doc chega a tempo de salvar o amigo.



O terceiro filme foi filmado na região de Sonora, a 600 quilômetros de Los Angeles onde já havia sido cenário de outros filmes de faroeste de John Ford como “No Tempo das Diligências” e “Paixão dos Fortes”.

Marty explica a Doc sobre a sua morte, quando o cientista descobre que vai ter um namorada chamada Clara (que deixou uma dedicatória para ele em sua lápide). O jovem viajante do tempo explica ao amigo que o DeLorean está sem gasolina, dificultando a vida dos heróis do tempo, pois só haverá um posto de gasolina no próximo século. E sem o combustível, eles não poderão fazer o DeLorean correr a 140 km/h. É quando Doc lembra que se o carro for empurrado por um trem poderia gerar a velocidade necessária para a viagem no tempo.

Doc salva a vida da professora Clara Clayton (Mary Steenburgen) de cair em uma colina e ambos se apaixonam à primeira vista. É interessante ver os papéis invertidos nesse filme com Doc apaixonado e agindo como um adolescente enquanto Marty está mais amadurecido. Até suas frases de sempre são trocadas. Em uma cena do filme Marty exclama “Grande Scott!” enquanto Doc solta um “Isso é pesado!”

Marty e Doc presenciam a inauguração da torre do relógio e tiram foto com o mesmo durante o festival da cidade onde Doc dança com Clara enquanto Marty pratica tiro ao alvo e se dá bem pois é fera em videogames dos anos 80.

Bufford e sua gangue chegam para acertar suas contas com Doc mas Marty interefere e acaba marcando um duelo com o pistoleiro em dois dias, no mesmo dia em que ele e Doc planejam voltar para o futuro.

Doc e Clara estão cada vez mais apaixonados e acabam trocando seu primeiro beijo quando ele descobre que ela também adora o autor Julio Verne. Coincidentalmente, esse foi o primeiro beijo de Christopher Lloyd em um filme.

Marty e Doc notam que o nome de Doc sumiu da foto da lápide que Marty trouxe do futuro, mas que a data e a lápide continuam na foto. Doc alerta o amigo que pode ser que marty morra no lugar dele porque deixou ser provocado por Bufford quando este lhe chamou de covarde.

Doc quer ficar em 1885 porque está apaixonado por Clara, mas Marty o convence de que eles não pertencem àquela época. Doc vai se despedir de Clara e acaba lhe contando toda a verdade, de que ele é do futuro, mas ela não acredita nele, achando que ele está brincando com seus sentimentos.

O cientista vai ao bar local beber, mas acaba falando de Clara a noite toda e depois começa a tagarelar sobre o futuro para o clientes do estabelecimento que riem das histórias dele.
Marty acorda e nota que está chegando a hora deles irem para o futuro assim como a hora do duelo com Bufford e vai atrás do amigo. Chegando no bar, Doc é nocauteado ao beber um gole de whiskey pois é fraco para bebida. Marty e o dono do bar tentam acordar Doc a tempo de pegarem o trem, mas demora o suficiente até Bufford chegar para o duelo.

O adolescente vê na lápide que ele seria morto por Bufford mas acaba obrigado a duelar quando a gangue de Bufford ameaça matar Doc. Em uma cena típica de “Matar ou morrer”, o duelo acontece no meio da cidade com todos os habitantes assistindo. Bufford saca sua arma, acertando em cheio Marty e quando ele achava que havia ganho, ele percebe que Marty continuava vivo pois o rapaz improvisou um colete a prova de balas. Depois de alguns socos dados por Marty, Bufford vai à nocaute caindo em um carrinho de estrume.

Clara que ouviu uma conversa no trem que estava indo para San Francisco, em que um dos passageiros relatava como Doc estava triste por ter magoado ela, ela então vai até o laboratório de Doc e acha a maquete da máquina do tempo, indo atrás dele e de Marty que sequestram o trem para empurrá-lo contra o DeLorean, soltando os vagões da locomotiva antes, com a ajuda de madeiras comprimidas inventadas por Doc que ajudarão o trem a ir mais mais rápido.

Clara chega a tempo de subir no trem e ser notada por Doc e Marty, mas como ela se desequilibra do trem, Doc tem que ir salvá-la com a ajuda da Hoverboard. Doc e Clara saem voando na prancha enquanto Marty volta finalmente ao futuro.

Chegando em 1985, O DeLorean é destruído como Doc queria e Marty nota que o presente voltou ao normal depois que ele destruiu o almanaque de esportes e que sua família continuava bem. Ele vai acordar Jennifer que continuava dormindo, que acha que sonhou com o futuro.

Marty é desafiado para uma corrida de carros que resultaria em um acidente que acabou com a sua carreira musical, mas como ele dá marcha ré na hora, o acidente não acontece e a mensagem que Jennifer trouxe do futuro é apagada.

Doc volta do passado em uma locomotiva à vapor transformada em máquina do tempo. Clara está com ele além dos filhos do casal Julio e Verne, sem contar Einstein é claro. O cientista entrega ao jovem amigo a foto que eles tiraram com o relógio da torre e sugere para ele e Jennifer fazerem um bom futuro para eles pois o futuro deles ainda não foi escrito. E com isso, ele aciona o trem à vapor partindo para mais uma aventura com a sua família enquanto Marty e Jennifer assistem a tudo.

“De Volta Para o Futuro III” conseguiu o que poucos filmes de trilogia conseguem, amarrar a série toda no final, juntando tudo em uma obra grandiosa, digna de um final de uma saga que continua deixando saudades, mesmo depois de 15 depois do fim de seu capítulo final, fazendo da série “De Volta Para o Futuro” um clássico da década de 80.

De Volta Para o Futuro II (Resenha)



E A Aventura no Tempo Continua…

 Por Louise Duarte

“Estradas? Para onde vamos não precisamos de estradas.”

E eles estão de volta para mais uma espetacular aventura através do tempo. O adolescente Marty Mcfly e Doc Brown retornam em uma sequência de tirar o folêgo, cheia de ação, comédia, suspense, drama em uma montanha russa espaço-temporal.

No final do primeiro filme, Doc voltava do futuro para avisar ao amigo Marty que ele e sua namorada Jennifer (Elizabeth Shue) deveriam ir ao futuro com ele para ajudar seus filhos. Assim, eles embarcam em um DeLorean voador (que Doc adaptou para voar no século 21) e assim os três voam rumo ao futuro.

De Volta para o Futuro II e III foram filmados ao mesmo tempo, com o espaço de três semanas entre eles e durou no total quase um ano. A ideia original era ter somente uma continuação, mas os produtores tinham história de sobra para contar e finalizar a saga e acharam que um só filme não seria suficiente para fazer isso. Então resolveram dividir o filme original em dois, transformando a continuação em uma trilogia.

Chegando no futuro de 2015, Doc precisa colocar Jennifer para dormir com um indutor de sono pois ela estava fazendo muitas perguntas sobre seu destino. Doc instrui Marty a se passar pelo seu filho Martin Jr que é a cara dele e impedir que ele e sua filha Marlene sejam presos acabando com suas vidas.

O futuro concebido pela equipe do filme não poderia ser mais futurístico com carros voando, hologramas animados, robôs passeando com cachorros além da mesma lanchonete da cidade com hologramas de Michael Jackson e Ronald Regan como funcionários.

Na lanchonete, ele encontra um Biff idoso e amargo com seu neto Griff, ambos interpretados por Thomas F Wilson que divide a cena consigo mesmo, assim como acontece com Michael J Fox e Christopher Llyod em outras cenas do filme. Isso só acontece graças a um equipamento chamado Vista Glyde System, que era inédito na época e que permitia colocar o mesmo ator/personagem contracenando em cena com outra versão do mesmo personagem. A produção do filme aproveitou a mesma técnica utilizada anteriormente para o filme “Uma Cilada para Roger Rabbit” também dirigida e produzida pelo trio Zemeckis, Spielberg e Gale além de contar com os efeitos de George Lucas. Uma curiosidade é que os filmes “De Volta para o Futuro” foram todos filmados opticamente, pois precede a tecnologia digital.

O filho de Marty acaba chegando antes da hora e Marty não consegue se passar por ele a tempo. Ele nota como o filho é tão covarde quanto seu pai era. Ele finalmente assume o lugar de Martin já arranjando briga com Griff nos poucos minutos que tinha ficado no futuro.

É apresentado um dejavu da perseguição de skate do primeiro filme, mas dessa vez com a gangue de Griff e Marty em skates voadores onde é mostrada a arquitetura futurística de Hill Valley, que foi um dos maiores desafios da equipe de produção.

Como acontece também no primeiro filme, Marty é importunado por um homem tentando salvar a torre do relógio que foi destruído por ele mesmo há 60 anos. O homem acaba sem querer dando a Marty a ideia de comprar um almanaque de esportes com os resultados de 1950 a 2000, já pensando em lucrar com isso.

Doc chega no DeLorean voador com Eistein que estava em um canil local, notando que Griff e seus capangas foram presos e ele e Marty conseguiram novamente alterar a história, quando ele descobre que Marty havia comprado o almanaque e o repreende por isso já que ele não havia inventado a máquina do tempo para ganho pessoal e sim para entender melhor a humanidade.

Quando eles vão buscar Jennifer para voltarem para a década de 80, percebem que policiais a encontraram e a identificaram através de digitais levando-a para sua casa em Hilldalle onde mora com Marty e seus filhos. Doc se preocupa que se Jennifer ver a si mesma 30 anos mais velha possa criar um paradoxo no espaço continuum do tempo destruindo o universo ou entrar em choque. Eles decidem seguir Jennifer para evitar que ela veja a si mesma sem notarem que o Biff idoso do futuro ouviu toda a conversa sobre a máquina do tempo.

Na casa dos McFly em Hilldallle, temos Michael J Fox fazendo três papéis diferentes ao mesmo tempo.Marty aos 47 anos, seu filho Martin Jr e sua filha Marlene. Lorraine e George idosos que visitavam o filho e os netos também estavam lá e e são todos observados por Jennifer que finalmente acorda. Jennifer descobre que Marty sofreu um acidente no passado que acabou com a sua carreira musical.

Enquanto isso, Doc e Marty chegam ao bairro para procurar pela namorada de Marty, enquanto Doc vai procurar por um lado, Marty resolve ir para outro mesmo quando Doc o manda ficar no carro. É a oportunidade perfeita para o Biff do futuro roubar o carro e voltar ao passado para mudar seu próprio futuro.

Nas duas novas sequências, o público descobre que Marty tem um ponto fraco. Ele perde a cabeça quando é chamado de covarde. Foi assim que ele acabou quebrando a mão em um acidente que acabou com sua carreira musical e foi por causa disso que foi despedido em seu emprego no futuro.

Jennifer vê a si mesma envelhecida ao mesmo tempo que sua versão mais velha se vê mais jovem fazendo com que as duas desmaiessem na hora que Doc veio para resgatá-la. Enquanto Marty vai ajudar Doc a trazer Jennifer, Biff volta do passado sem os viajantes do tempo notarem que o carro havia sido roubado.

Eles voltam a 1985, onde deixam Jennifer em casa na varanda, já que ela continuava dormindo. Marty volta para casa quando nota uma outra família morando lá. Ele percebe o estado da cidade, que está muito diferente de como realmente é. Com motoqueiros bagunceiros fazendo um estrago na cidade, a escola destruída e o pior de tudo, Biff se tornou um bilionário, dono do cassino local e é casado com Lorraine para desespero de Marty.


E não é só isso. Lorraine que colocou silicone nos seios e voltou a beber, está muito infeliz em seu casamento com Biff, mas cede a tirania do marido por medo dele descontar em seus filhos e colocá-los na prisão. Marty descobre que seu pai George, foi assassinado há 12 anos. Isso aconteceu no filme porque o ator Chrispin Glover não quis voltar para as continuações embora tenham sido usada cenas suas do primeiro filme durante as cenas de 1955. O ator exigiu uma quantia absurda para retornar aos filmes e foi o único do elenco que se recusou a voltar.

Doc explica a Marty sobre o velho Biff ter roubado o DeLorean no futuro e ter alterado seus destinos criando uma Hill Valley alternativa graças ao almanaque esportivo. Agora eles precisam voltar ao passado para consertar tudo e fazer com que a realidade deles volte ao normal.

Marty vai conversar com Biff para descobrir quando e como Biff conseguiu a revista. O vilão explica que um parente distante (ou seja, o Biff do futuro) lhe entregou o almanaque no dia da tempestade de 1955. Biff do futuro também alertou sua versão mais jovem que deveria matar Marty ou Doc caso um dos dois o procurasse a respeito do almanaque. O jovem McFly descobre que foi Biff que assassinou seu pai e ninguém fez nada porque ele controla a polícia.

Doc e Marty voltam a 1955 para alterar novamente a linha do tempo e recuperar o almanaque e assim mudar o 1985 alternativo para o verdadeiro.

As cenas de 1955 que também aparecem no primeiro filme foram totalmente recriadas mostrando ângulos diferentes de cenas já apresentadas antes no primeiro filme.

Marty deve seguir Biff e deixar ele receber o almanaque de si mesmo para poder roubar dele depois. Depois que seu carro é limpo do estrume graças a a perseguição de skate a Marty no primeiro filme, Biff convida Lorraine para ir ao baile com ele, mas ela recusa já que ia com o outro Marty que está em 1955. Como Doc o alerta, agora existem duas versões deles naquele ano e eles devem fazer o possível para não serem vistos por si mesmos, embora o mesmo não aconteça com Biff que entrega o almanaque para si mesmo sem problema nenhum. Biff explica para apostar no vencedor pois nunca vai perder e para ficar com o objeto o tempo todo.

Biff vai para o baile “Encanto Submarino” sem notar que Marty está no banco de trás com o intuito de recuperar o almanaque. Ele nota seu outro eu chegando com sua mãe.


Depois de muitos problemas, Marty consegue finalmente pegar a revista mas os capangas de Biff o perseguem na hora que o outro Marty está tocando “Johnny B. Goode” no palco durante o baile. Agora Marty precisa se livrar dos capangas de Biff sem ser visto por si mesmo ou irá criar um paradoxo horrível já que seu outro eu não poderia voltar ao futuro se levasse uma surra. Marty consegue sair intacto de lá assim como seu outro eu, mas Biff o encontra e lhe dá um soco no estomâgo ao notar que o rapaz havia recuperado o almanaque.

Marty e Doc sequem Biff com o almanaque, no DeLorean antes de Marty subir na prancha voadora HoverBoard. Biff nota Marty tentando roubar o almanaque novamente e depois de muita briga, Marty finalmente consegue a revista enquanto que Biff bate de novo em um caminhão de estrume.

Marty queima o almanaque notando que a história já estava sendo alterada quando percebe que os jornais que ele e Doc trouxeram do futuro se modificaram.

Como os circuitos do DeLorean estavam com problemas, quando um raio atinge a máquina do tempo manda Doc setenta anos no passado, para 1885 durante o Velho Oeste.

Marty recebe uma carta de Doc graças a um representante da Sociedade Histórica Western Union de Hill Valley, que possuia a carta há 70 anos. Datada de 1o de Setembro de 1885, o cientista avisa ao amigo que está vivo e feliz trabalhando como ferreiro no Velho oeste.


Marty então, decide pedir ajuda ao Doc Brown de 1955 para voltar ao futuro de 1985 de novo, mas este acaba desmaiando pois tinha acabado de mandá-lo para o futuro.

Apesar de um pouco confuso com tantas indas e vindas no tempo e de passar pouco tempo no futuro, o filme não deixa de ser bastante divertido provando que a espera valeu a pena entre um filme e outro.

De Volta Para o Futuro I (Resenha)



De Volta Para o Futuro  Comemora 25 Anos de Existência

Por Louise Duarte


Alguém já parou para pensar como seus pais eram quando adolescentes? Como eles se comportavam e principalmente se tudo que eles dizem hoje que nunca fizeram é mesmo verdade? E como seria incrível voltar no tempo e conhece-los quando ainda eram jovens?

Essa é a premissa do primeiro filme da trilogia “De Volta Para o Futuro” de 1985, estrelado por Michael J Fox e Christopher Lloyd, dirigido por Robert Zemeckis,produzido por Steven Spielberg, roteirizado por Bob Gale além de contar com os efeitos especiais da Industrial Light and Magic de George Lucas.

A trilogia completou no último dia 3 de Julho, 25 anos desde o seu lançamento em 1985.

Faturando nada menos que 348 milhões de doláres nas bilheterias do mundo todo, o filme (Batendo até mesmo mesmo o primeiro filmed a antiga franquia de “Batman”) fez um enorme sucesso com a história de Marty McFly (Michael J Fox) que volta no tempo em uma máquina do tempo construída pelo amigo cientista, o excêntrico Doc Emmett Brown (Christopher Llyod) em um carro DeLorean. Aliás, o primeiro protótipo da máquina do tempo seria em uma geladeira, mas os produtores tiveram a ideia sensata de que seria perigoso caso as crianças quisessem brincar de viagens no tempo.

Os produtores dos filmes já tinham Michael J Fox em vista para o papel principal mas tiveram que desistir dele temporariamente já que o mesmo estava ocupado filmando a série “Family Ties” (conhecida no Brasil como “Caras e Caretas”). Então, tiveram que contratar o ator Eric Stoltz para o papel de Marty. O ator chegou a filmar algumas cenas mas para seu azar ele não possuía a energia necessária para o papel de Marty, fazendo os produtores abordarem Michael J Fox novamente, quando este, finalmente pôde aceitar o papel, se divindo entre as filmagens das série e do filme e dormindo somente duas horas por noite. 
Édipo Futurista

“Eu irei mandá-lo de volta para o futuro.”

O filme começa com o laboratório de Doc Brown cheio de relógios, uma caixa de plutônio escondido além de suas invenções. O jovem Marty, um adolescente de 17 anos, chega na casa do amigo para praticar em sua guitarra, mas os amplificadores estavam sobrecarregados. Doc liga para Marty pedindo para encontrá-lo de madrugada para ajudá-lo em um experimento. O jovem acaba se atrasando para a escola já que Doc atrasou os relógios de sua casa em 25 minutos.

Marty faz um teste para tocar na festa da escola, mas é rejeitado por ser barulhento demais. Aliás, o responsável por selecionar os candidatos era o cantor Huey Lewis que tem duas de suas músicas na trilha do filme: Power of Love e Back in Time. Marty é consolado pela namorada Jennifer. Que marca um encontro com ele para o dia seguinte. Falando em Jennifer, a atriz que interpretou a personagem no primeiro filme, Claudia Wells, não voltou para as sequências por ter desistido da carreira de atriz, sendo substituída por Elizabeth Shue nas partes II e III.

O jovem chega em casa e descobre que o carro que ele ia usar para sair com Jennifer está destruído já que Biff (Thomas F. Wilson), inimigo e supervisor de seu pai bateu o mesmo. George McFly (Chrispin Glover) não pode fazer nada a respeito porque tem medo de confrontos.

Marty tem um jantar em família onde sua mãe mais uma vez implica com sua namorada e que na época em que ela era jovem, não perseguia rapazes e que só conheceu George graças a seu pai que o atropelou enquanto ele “observava pássaros”.

De madrugada, Marty vai encontrar o amigo em um estacionamento e descobre que ele construiu uma máquina do tempo em um DeLorean que era elétrico e que precisava gerar 1.21 gigawatts de energia nuclear com a ajuda do plutônio roubado de libaneses, para fazer o carro atingir 55 km por hora.

Infelizmente como o plutônio era roubado, os terroristas encontram o cientista e o metralham na frente de Marty, que usa o DeLorean para fugir e acaba sendo transportado para Hill Valley, sua cidade natal na data de 5 de Novembro de 1955.

Um fato curioso é que em 1955, o mendigo da cidade chamado Red Thomas era candidato a prefeitura de Hill Valley e o prefeito de 1985 trabalhava como ajudante na lanchonete local.
               

Marty logo percebe as diferenças culturais ao pedir um refrigerante diet na mesma lanchonete onde esbarra no pai, interferindo sem querer no seu destino, quando ele é atropelado no lugar de George ao salvar a vida do pai, impedindo que seus pais se conhecessem e colocando o risco de alterar sua própria existência por causa disso. Com isso, sua mãe acaba se apaixonando por ele em vez do pai. Depois de conhecer os avós, Marty vai atrás da única pessoa que poderá ajudá-lo a voltar para o futuro, o Doc Brown de 1955 que continuava vivo. 

Mas Doc não acredita que Marty possa ser um viajante do tempo até o rapaz provar, lembrando como o cientista inventou o Capacitador de Fluxo que permite a viagem no tempo. Como o DeLorean não funcionava por falta de combustível, os dois levam o carro para o laboratório de Doc em 1955 onde ele descobre que não pode mandar Marty para o futuro pois não tem como produzir energia suficiente para isso há não ser que ocorra uma tempestade. Marty lembra da famosa tempestade de Hill Valley que destruiu o relógio da cidade e que aconterá em uma semana.

Como precisaria passar uma semana esperando pela tempestade, Marty agora precisava consertar o estrago que fez ao impedir seus pais de se conhecerem. Marty tenta apresentar George a Lorraine sem sucesso, já que ela está complemente apaixonada pore ele.

Depois de finalmente convencer o pai a convidar Lorraine para o baile “Encanto Submarino”, onde o rapaz sabia que os pais se beijariam pela primeira vez, Marty achou que tudo já estava certo quando Biff e sua gangue aparecem na lanchonete atrapalhando tudo. Marty enfrenta o valentão e depois foge em um skate que inventou a partir de um carrinho de rolimã onde é perseguido por Biff & cia que acabam trombando em um caminhão de estrume. Michael J Fox fez todas as cenas de ação do filme, incluindo as cenas com o skate.
A bravura de Marty ao encarar Biff só faz com que Lorraine fique mais apaixonada pelo garoto do futuro, quando ela decide convidá-lo para o baile. Aliás, por conta da paixonite de Lorraine pelo futuro filho, o filme quase não chegou a ser produzido por conta do teor incestuoso do relacionamento dos dois, já que a Lorraine de 1955 se apaixona pelo futuro filho.
Marty tenta alertar Doc de sua morte mas o cientista se recusa a ouvi-lo por conta das possíveis consequências catastróficas na linha do tempo, como aconteceu com Marty. O adolescente então decide escrever o amigo uma carta, alertando ele da tragédia.

Mais tarde, o jovem viajante do tempo chega de carro com a mãe ao baile e descobre que ela já bebia e fumava aos 17 anos, contradizendo tudo que ela afirmou que não fazia quando jovem. Marty está nervoso porque precisa seduzi-la para George defênde-la como eles haviam combinado, mas é Biff quem aparece primeiro dando uma surra no garoto. Quando George finalmente aparece, ele acaba enfrentando Biff defendendo Lorraine e finalmente desperta o interesse nela.
Como um dos guitarristas da banda do primo do músico Chuck Berry machucou a mão ao tentar libertar Marty que ficou preso no porta malas do carro do artista, Marty o substitui na guitarra para que os pais possam dançar onde trocam o primeiro beijo. Marty depois toca “Johnny B. Goode” inventando o rimo Rock and Roll antes de sua época. Mas infelizmente os adolescentes da década de 50, ainda não estavam prontos para aquele tipo de música.

Depois de se despedir de seus pais, Marty vai encontrar Doc para poder voltar ao futuro para o mesmo dia que deixou em sua época. Doc acaba achando a carta que Marty escreveu e briga com o amigo por causa disso, lembrando-lhe como é perigoso mexer com o próprio destino. Doc é teimoso e não quer saber do motivo pelo qual Marty tomou tal decisão e rasga a carta em que Marty lhe alertava de sua morte. Marty decide então, voltar 10 minutos antes do previsto e impedir a tragédia.

Com um cabo ligado no DeLorean que é usado para ligar ao relógio da cidade usado como condutor de energia, Marty é finalmente enviado de volta para o futuro, ou seja, de volta para 1985.

Marty chega adiantado mas não o suficiente para impedir os libaneses de metralharem Doc, mas para a sua surpresa, ele continuava vivo graças a um colete a prova de balas que usava, já que ele acabou decidindo ler a carta de Marty (colada com durex depois que foi rasgada), afinal de contas e tomar as precauções necessárias.

Doc decide finalmente ir 30 anos no futuro depois de deixar Marty em casa. Ele nota que o ato de bravura do pai, transformou sua vida. Seu pai não é mais um covarde, sua mãe não é mais alcoolatra e seus irmãos tem bons empregos. George virou um famoso escritor de ficção científica e Biff agora trabalha para a família McFly encerando os carros da família.

Quando Marty achou que sua aventura no tempo havia finalmente terminado e podia relaxar um pouco ao lado da namorada Jennifer com seu carro novo, Doc volta do futuro dizendo que eles precisam ir com ele para o futuro para ajudar os futuros filhos do casal.

Embora o primeiro filme não tenha sido concebido inicialmente para ter uma continuação, ele acabou ganhando mais duas sequências por conta da enorme quantidade de cartas que os produtores receberam dos fãs cobrando pela sequência e até dando sugestões de como deveria ser o Segundo filme da franquia.

E pensar que naquela época os produtores nem sonhavam em rodar mais duas partes. Já imaginou se o filme nunca tivesse se tornado uma trilogia? Afinal de contas, aquele final com um “Continua”em vez do tradicional “Fim” pedia, implorava por uma continuação mesmo que não fosse a intenção dos realizadores do filme fazer isso naquele ano.