quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Encontro dos Twiteiros Culturais: Encontro com mais de 140 Caracteres (Coluna)


Encontro dos Twiteiros Culturais: Encontro com mais de 140 Caracteres


O Twitter apesar de ter sido criado em Março de 2006, só virou febre mundial mesmo de um ano para cá. A ferramenta sensação do momento na internet, que permite ao usuário postar o que está fazendo (mas não só isso é claro, pode postar uma notícia, um link, um recado) com 140 caracteres virou sensação principalmente entre os adolescentes que se acostumaram com mensagens rápidas por meio de mensagens de texto via torpedos ou mesmo “messengers” como o MSN.

Além disso várias celebridades de diversos segmentos diferentes que vão desde a política, jornalismo e entretenimento se cadastraram no site. Por que saber os detalhes do último filme de Alyssa Milano, os planos de Barack Obama, Que gravata William Bonner irá usar no Jornal Nacional, os entrevistados de Ellen Degeneres ou o que elenco da série Glee anda fazendo por sites de fofoca se você pode ler os próprios autores postando em seus twitters. Como podemos ver, é um grande atrativo que a cada dia ganha mais e mais seguidores. Literalmente falando já que cada pessoa que passa a ler o seu twitter, vira automanticamente um seguidor seu.

Foi por conta de todas essas vantagens que a Livraria Travessa reuniu no último Sábado dia 19 de Outubro no Shopping Leblon os twiteiros: Daniel Tambarotti (@multishow), Leonardo Rodrigues (@conspiracao), Juliana Cirne (@intrinseca), Léo Feijó (@grupomatriz) e Gabriela Giosa (@livtravessa) em uma mesa redonda mediado pela talentosa Cora Ronai (@cronai) onde contaram das experiências de cada um pessoal e profissional sobre essa ferramenta cada dia mais útil.


O evento foi transmitido ao vivo pelos twitters através de duas contas especialmente criada para reunir os twiteiros culturais o ETC (Encontro Twiteiros Culturais) transmitidos simultaneamente entre o Rio e São Paulo nos twitters: @ETC_Rio e @ETC_Sampa.

Para o Multishow, uma das maiores vantagens do twitter é o potencial e a facilidade para uma cobertura jornalística com o máximo da comunicação e um mínimo de recurso onde tudo que você precisa é ter um celular que acesse a internet para poder estar antenado com as últimas novidades do microblog.

Já a Cora Ronai do jornal O Globo acha que o twitter fez sucesso por conta da facilidade de se postar em 140 caracteres, pois as pessoas costumam ser sucintas.

Para a Livraria Travessa é interessante a busca por livros por adolescentes que gostavam da série Crépusculo o que deu a oportunidade da livraria de divulgar outros tipos de livro para público jovem que cada dia mais está aderindo ao twitter.

O twitter é o termômetro da notícia. Se um determinado assunto for parar no trending topic (lista dos tópicos mais populares do dia) é porque o tema está em alta na rede. Temas que vão desde o caso do “baloon boy”, seriados como Harper’s Island ou até mesmo os protestos políticos contra o Irã que, fizeram uma revolução no microblogger mostrando milhares de pessoas, incluindo celebridades usando avatares verdes.

Daniel Tambarotti do Multishow conta que mudou a grade de programação do canal a cabo, por conta de pedidos de seguidores que pediram a reprise de determinado programa, mas que não é sempre que eles irão atender aos pedidos do público. Já Léo Feijó da Casa da Matriz diz não ver televisão ou ler jornal, mas acompanha todas as notícias através do twitter ou redes sociais como facebook, Orkut etc.



Depois da mesa redonda, Cora Ronai bateu um papo rápido conosco respondendo a algumas perguntas sobre o twitter e o jornalismo. Confiram.

Digital Rio: Por que você acha que o Twitter virou uma febre mundial?

Porque é um conjunto de características interessantes. Tem velocidade, a possibilidade de se twitar de qualquer lugar, de um telefone, de um computador, de onde você estiver. O próprio tamanho pequeno das mensagens ajuda muito porque não tem que escrever nada muito grande, ninguém espera de você um tratado filosófico. Ao mesmo tempo que as pessoas tem um certo medo de escrever, elas não tem medo de se jogar no twitter.

Digital Rio: Voce acha que o twitter ajuda na profissão de jornalista?

Acho que ajuda sim. Todas as ferramentas da internet ajudam muito. Qualquer coisa que lhe permita estabelecer um diálogo com outras pessoas é sempre de uma grande ajuda.

Digital Rio: O que você acha da queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão?

Acho maravilhoso porque eu, por exemplo, não tenho diploma, mas não é por causa disso que acho maravilhoso. Eu sempre digo que o grande problema de um jornal é contratar gente. Eu editava o caderno de informática, o pessoal formado em ciência da computação nunca poderia ser contratado porque tinha a obrigatoriedade do diploma. Então, odeio que pode ser um empecilho horroroso. Acho que o diploma cria um tipo de colaborador muito pausterizado. Você vai sempre ver a pessoa com a mesma formação. Eu acho que a redação tem muito a ganhar se você tiver um médico, um economista, um cara formado em meio ambiente.

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