quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Glee 2x05 - Rock Horror Glee Show (Resenha)

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Um Halloween bem Musical 
Por Louise Duarte


Eu sei que não escrevi ainda nenhuma resenha de Glee da segunda temporada. O fato é  que notei que não vai dar para eu escrever sobre todas as séries que eu queria então vou priorizar para Smallville e Chuck que estão me animando mais nessa temporada. Com Glee vou selecionar os episódios mais legais, como foi o caso do episódio que passou essa semana nos Estados Unidos, primeiro episódio de Halloween da série que prestou uma homenagem ao filme Rock Horror Picture Show.

Eu aviso de antemão, que seria interessante ao telespectador e fã da série, assistir ao filme antes para poder entender tanto o contexto quanto as referências feitas no episódio. Para quem não conhece, o filme virou um Cult nos Estados Unidos na época do Halloween por ser uma paródia escrachada de filmes como Frankstein e Drácula, misturando o humor, música e um pouco de horror. Ele foi criado originalmente como uma peça da Broadway antes de virar o cultuado filme que estreou em 1975 mas que ganhou fama em exibições de sessões da meia noite, estrelado por Susan Sarandon, Barrow Bostwick, Tim Curry, Meat Loaf . O filme faz sucesso até hoje e durante a semana do halloween, os fãs ainda marcam presença nas sessões da meia noite vestidos como os personagens.

Em Rock Horror Glee Show,  temos um episódio centrado no relacionamento de Will & Emma. Quando Will descobre que o namoro de Emma com Carl (John Stamos) está dando tão certo que está deixando Emma distraída em relação às suas neuroses que ela foi com o namorado assistir a exibição anual de Rock Horror Picture Show, mesmo o teatro estando imundo e todos sabemos como Emma é neurótica por limpeza. Ao descobrir que Emma é fã do filme, Will inventa na hora que ele resolveu homenagear o musical na produção da escola desse ano com o Novas Direções. Emma fica surpresa por conta de algumas das cenas do filme que contém um material mais adulto e Will lembra que teria que reescrever algumas das cenas.

Will avisa ao Clube Glee sobre a produção e alguns deles ficam preocupados, mas ele acaba convencendo todos que seria um projeto legal. Rachel e Finn ficam com os papéis de Janet e Brad é claro, Artie como o Dr Everett Scott. Quando Will pergunta para Kurt se ele gostaria de ser Frank N Furter, ele nega o papel porque não ficaria à vontade em representar o papel de um transexual usando meia arrastão e batom vermelho. Mike Chang então se prontifica a fazer o papel e Will sugere que Sam faça o papel de Rokk, a criatura do filme. Já que tem poucos papéis femininos, Will decide duplicar os papéis de Columbia e Magenta entre Quinn, Mercedes, Britney, Santana e Tina.

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Enquanto isso, Sue acabara de fazer um segmento de seu bloco do “Sue’s Corner” falando do Halloween. Ela recebe a visita de dois importantes figurões (ironicamente interpretados por Barrow Bostwick e Meat Loaf, que fizeram parte do elenco original do filme) que pedem para Sue fazer um segmento sobre a produção do clube Glee sobre o “Rock Horror Picture Show” e que isso talvez lhe renda um premio Emmy.

Finn começa a ter problemas de auto imagem com o seu corpo quando descobre que vai precisar ficar só de cueca em algumas das cenas. Isso causa alvoroço entre as meninas, especialmente Britney e Santana que provocam o estudante. Durante o primeiro número musical que conta com Finn e Rachel ensaiando a música “Dam it, Janet”, Sue chama Will para uma conversa particular dizendo que quer se envolver no projeto, Will acaba aceitando quando ela diz que não irá atrapalhar dessa vez.

Will convida Emma para ajudar com os figurinos antes de Mike anunciar que não poderá ser Frank N Furter pois seus pais leram o roteiro e não querem que o filho faça o papel de um transexual. Will anuncia a novidade para Sue, que está disposta a ganhar seu Emmy e convence Carl, namorado de Emma a participar, mesmo a contragosto de Will.

Carl canta a música “Hot Patootie Bless My Soul” que acaba ganhando a confiança dos gleeks e o papel de Eddie que canta essa música no filme original. Mercedes sugere que ela faça o papel de Frank N Furter já que era o papel principal e daria a chance dela dar um toque mais moderno à música.

A cena seguinte conta com uma das músicas mais importantes do musical além da introdução de Frank N Furter com “Sweet Transvestie”. Mercedes até que está bem cantando a música, mas ninguém se compara ao Tim Curry no papel. É um pouco estranho ouvir uma mulher cantando essa música, mas eu não tiro o mérito da Amber dessa cena, afinal de contas, o filme por si próprio tem um teor adulto, então era de se esperar que nenhum dos personagens masculinos pudessem ou quisessem interpretar o personagem principal. O que é bem irônico em relação as fotos de Lea Michelle, Cory Monthweith e Diana Agron para a “GQ” que geraram tanta controvérsia com os pais americanos.

De qualquer jeito, Carl acaba entrando dois atos antes do que deveria (aliás, não poderiam ter dado um personagem mais perfeito que o Eddie para o John Stamos. Combina com ele.) e isso acaba irritando Will que está cansado da interferência do namorada de Emma na produção. Ele chama Emma para conversar à respeito. Ele lembra que Carl estava certo em relação a alguns dos papéis e acha que o papel de Rokk é muito adulto para ser interpretado por Sam que parecia sem graça por conta do figurino. Will então, decide interpretar o personagem na produção e pede ajuda de Emma para ensaiar o número “Touch-a Touch-a Touch Me” que é observado por Britney e Santana assumindo seus papéis de Columbia e Magenta que no filme original também observavam a cena sexy entre Rokk e Janet.

Sue dando suas opiniões durante os ensaios foi a coisa mais hilária do mundo, dizendo que nada fazia sentido e que o roteiro era péssimo. Bom, não era culpa do Will já que o roteiro original do próprio filme tem o objetivo de ser avacalhado mesmo propositalmente. O que é provavelmente um dos motivos do filme ter se tornado tão Cult, por conta de seu humor negro, desde a década de 70. Finggins acaba interrompendo o ensaio onde vemos Will se desdobrando em dois como Rokk e Brad já que Finn estava atrasado. Will acaba descobrindo Finn na sala do diretor, já que o garoto passou pelos corredores da escola usando somente cueca para o ensaio já que ele finalmente se sentiu confortável com o próprio corpo depois de ter uma conversa à respeito com Sam. Will consegue convencer o diretor a dar somente um aviso a Finn em vez de suspende-lo. Fingins o lembra do teor do musical e que se vale mesmo a pena todo aquele trabalho para exibi-lo.
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Carl interrompe ensaio do número “There’s a Light, Over at Frankstein’s Place”, para reclamar com Will por dar em cima de Emma. Aparentemente Emma contou a Carl sobre o ocorrido do ensaio com Will se sentindo culpada por ainda se sentir atraída por ele, como bem mostrou a cena. Will volta para seu escritório para reescrever mais algumas cenas e é interrompido pela adorável Beck Johnson (a cheerleader com síndrome de Down que faz parte das Cheerios e se fantasiou de Sue Sylvester para o Halloween). Beck foi pedir doces para Will que esqueceu de comprar. Ela acaba revelando o plano de Sue em expor em rede nacional sobre a produção de Rock Horror. “Só porque você tem o direito de dizer o que quiser, significa que você deva.” Eu amo a Sue e concordo com ela em relação a essa frase. Não só em relação ao episódio já que os motivos do Will de colocarem o gleeks no musical foram completamente diferentes dos episódios anteriores, já que ele fez isso somente para reconquistar e passar mais tempo com Emma.

Ele acaba indo conversar com Sue e se dá conta que Sue estava certa ao afirmar que ele passou dos limites ao expor seus alunos à aquele tipo de material. Que é dever deles guiar os alunos para o melhor caminho possível. Will decide então cancelar a produção para o desespero de Sue que percebe que perdeu também a sua chance de ganhar o Emmy local pela sua denúncia.

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Will conversa com Emma a respeito e pede desculpas dizendo que não deveria ter feito o que fez e que vai parar de mexer com o relacionamento dela com Carl, porque no momento é a melhor coisa para ela. Depois ele vai se desculpar com os gleeks à respeito dizendo que na época que ele ia nas exibições à meia noite do filme, ele encontrava pessoas tentando se encontrar e serem aceitas. Como a maioria dos alunos do Glee Club. Will decide que eles ainda irão apresentar o musical, mas somente para eles, não para um público. E com isso, o episódio é fechado de maneira magistral com “Time Warp” cantado por Kurt e Quinn como Riff Raff e Magenta. Além dos outros gleeks. Destaque especial para Heather Morris, a Britney que ficou perfeita como uma das Columbias. Não só o figurino ficou idêntico ao do filme original mas também até a maneira como ela cantou com aquela voz fina de Cyndi Lauper lembrou a voz de Little Nell no filme de 1975.

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Resumindo, Glee prestou homenagem a um dos musicais de Halloween que caiu como uma luva tanto para o episódio quanto para o feriado americano. Minha única reclamação é que eu ainda preferia um homem como Frank N Furter e cantando “Sweet Transvestie”, mas eu entendo o porque de ter sido cantado por uma mulher.

Vou tentar resenhar o episódio centrado na Britney Spears em breve, já que foi o outro episódio da temporada que mais me animou por ter sido centrado na Britney, personagem da Heather Morris que eu adoro e que vem ganhando bastante destaque nessa segunda temporada.

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Abaixo o video da versão de "Time Warp" que foi apresentada em Glee


Um comentário:

Anônimo disse...

Cara, no episódio da Britney Spears, o destaque é dado à personagem Brittany (Susan Pierce, fazendo uma brincadeira com Britanny S.Pierce), e não Spears que não é mesmo o nome dela. Dá uma olhada noutros nomes que não estão corretos na sua sinopse, valeu!