terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Discurso do Rei (Crítica)


Vencendo os Próprios Medos

Por Louise Duarte


Título Original: The King´s Speech
Ano de Lançamento: 2011
Direção: Tom Hooper
Elenco: Colin Firth, Helena Bonham Carter, Geoffrey Rush, Michael Gambon
Duração :118 min
Gênero: Drama


“O Discurso do Rei” estrelado por Colin Firth, Helena Bonham Carter (olha ela novamente na mesma semana!) e Geoffrey Rush certamente foi um dos melhores filmes de 2011. Não é a toa que o filme levou para casa quatro estatuetas do Oscar 2011 incluindo de melhor ator para Colin Firth, melhor roteiro original, melhor diretor e melhor filme.




No início do século XX, na década de 1930, conhecemos o rei George VI da Inglaterra ou simplesmente Bertie para os íntimos, interpretado por Colin Firth. Bertie era gago mas por conta de seus compromissos reais tinha que discursar para a nação através do rádio, logo que o aparelho foi lançado.


O tratamento real começou muito antes de Bertie se tornou rei, quando ainda era o Duque de York. Mas sendo filho do rei, ele precisava discursar de qualquer maneira e como não tinha muita habilidade, precisava de um fonoaudiólogo a altura. Depois de procurar muito, finalmente achou um que mesmo não sendo um especialista de renome e ainda ser autodidata, ele acabou ganhando o posto como o homem que salvou a monarquia britânica.
Através do fonodiólogo Lionel Logue, interpretado por Geofrey Rush, aos poucos Bertie começa a ficar mais confiante em sua fala, graças aos trava línguas e exercícios que o médico passa para seu paciente real. Mas a tarefa de Lionel não é nada fácil já que Bertie resiste aos seus métodos nada ortodoxos para que ele consiga pronunciar as palavras de maneira clara e sem gaguejar. Entre as maneiras que Lionel encontrou para fazer com que Bertie falasse melhor incluíam cantar (minha fonoaudióloga me explicou que uma pessoa não gagueja quando canta porque ela usa a outra parte do cérebro quando canta uma música), xingar, colocar o artigo “O” na frente de algumas frases além dos famosos trava línguas (Me disse o sabiá que o sábio não deixou o sabiá sem assobiar. O assobio que o sabiá já sabia assobiar já era sabido por todos os sábios, então o sabiá achou melhor assobiar um assobio que o sábio não sabia.). Difícil não? Mas gera resultados, isso eu garanto. E no caso de Bertie, ajudou a superar não só traumas de gagueira mas também de infância.


Colin Firth está soberbo em um dos melhores papéis de sua carreira cinematográfica. Deve ser difícil gaguejar de propósito mas Colin conseguiu dar o tom certo sem parecer forçado. Geofrey Rush também está ótimo como o excêntrico fonoaudiólogo que ajuda o futuro rei a melhorar o seu discurso. E Helena Bonham Carter apesar de estar em um papel menor, apesar de bastante importância, também complementa o elenco do filme, fazendo o papel da esposa do rei, Elizabeth que o ajuda na busca pelo terapeuta da fala e ainda lhe dar amor e apoio nas dificuldades do marido.


Um dos melhores filmes do ano passado que merece ser visto novamente. Imperdível!


Trailer:



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