sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mostra retrata a vida do músico Miles Davis (Matéria)


Mostra retrata a vida do músico Miles Davis

Queremos Davis é o tema da exposição do CCBB que fica no Rio até setembro

Divulgação
“Uma pintura é uma música que se pode ver e música é uma pintura que se pode ouvir”  foi a frase dita pelo trompetista Miles Davis que inspirou o Centro Cultural Banco do Brasil a produzir a exposição em homenagem ao artista.  No ano em que se completam 20 anos de sua morte, o CCBB traz a mostra sobre a lenda do jazz americano, que esta funcionando desde o início de agosto. Essa é a primeira exposição musical realizada pelo CCBB e tem o objetivo de mostrar ao público brasileiro como Davis foi uma referência na criação e na originalidade na música do século XX.

Origens




Miles Dewey Davis Jr nasceu em 26 de maio de 1926 em Alton, Illinois e revolucionou o jazz, refinando as etapas de transformação do gênero. Ele fez parte de uma seleção de trompetistas que incluíam Louis Armstrong, Joey “King” Oliver, Dizzy Gilespie entre outros.  
Concebida pela Cité de La Musique de Paris, organizada com o apoio da família e dos gestores da obra do trompetista, a exposição “Queremos Miles” mostra o caminho traçado pelo artista desde a sua infância até os últimos anos antes de morrer. 


O evento    


A mostra está dividida em oito seqüências temáticas e ainda traz numerosos documentos e objetos, alguns deles sendo expostos pela primeira vez. Além de fotos, a exposição conta com revistas e jornais com reportagens marcantes de época, pinturas e desenhos feitos pelo músico, além de artes produzidas em sua homenagem. 
Além da exposição, o Centro Cultural Banco do Brasil também promove dois encontros. O primeiro já aconteceu no dia da abertura da mostra em 2 de agosto e contou com a presença de amigos e familiares e o curador Vicent Bessiéres, que também é responsável pelo conteúdo  ligado ao Museu do Jazz na Cité De La Musique. 
No dia do encerramento em 28 de setembro, que também é a data da morte do trompetista, vai haver uma mesa redonda que será mediada pelo jornalista Antonio Carlos Miguel e vai reunir especialistas como o crítico José Domingos Rafaelli e músicos como  Vittor Santos. 

Interação com o Público com Visitas Mediadas 

A exposição tem atraído muitos visitantes, curiosos em conhecer mais sobre a vida do músico. A mostra inclui uma visita mediada com guias especializados do CCBB que interagem com o público. Uma das alas mais interessantes sem dúvida nenhuma é a conhecida como “corredor do silêncio”, que representa os anos em que o artista ficou trancado em casa, se drogando antes de conhecer Cicely Tyson e iniciar uma nova fase em sua carreira, a de pop star. Nesse corredor nada é exibido e a sala é escura e até um pouco assustadora. Mas engana-se quem acha que ela está completamente vazia, pois podemos ouvir o som da música de Miles Davis tocando. Sim, essa é uma sala onde somente a sua música é exposta e nada mais.  


Diálogos com o músico


Alexandre Diniz, coordenador de Ações Educativas do CCBB no Rio revela um pouco sobre as visitas mediadas durante as exposições. Nelas o público interage com o guia e é convidado a refletir sobre o assunto da mostra. Em "Queremos Miles" as visitas têm como eixo principal a audição das músicas que são reproduzidas nas galerias. A partir disto e de perguntas dos visitantes eles são convidados a refletir sobre os diversos aspectos que formam parte da trajetória do artista. “Especificamente a sala vazia, onde não há objetos ou imagens, estamos trabalhando com a música que preenche esse espaço, há algumas formas diferentes elaboradas para isso cada educador, conforme o grupo, decide como irá propor o diálogo,” explica o coordenador.  
Na opinião de Francisco Raposo, Gerente de Programação do CCBB, a exposição não atinge somente os amantes da música, mas conquista o público em geral apresentando, com requinte estético e sonoro, a vida e a obra de um artista carismático, revolucionário, brilhante e que viveu intensamente. 
O público aprova. O bibliotecário João Cândido diz “ter gostado muito da exposição” pois mostra muitas curiosidades sobre a vida do trompetista, assim como o administrador Thiago Motta que “achou muito bacana a mostra pois ele não conhecia essa personalidade do mundo do jazz”.
A exposição fica até dia 28 de setembro no Centro Cultural Banco do Brasil e segue depois para São Paulo onde fica exposto no SESC Pinheiros a partir de outubro até janeiro de 2012.  




Serviço:
Data :De 2 de agosto a 28 de setembro de 2011
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h
Local Térreo e 1º andar | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Bilheteria: Terça a domingo, das 9h às 21h 
Telefone: (21) 3808-2020
Ingressos: Entrada Franca


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